«Uma biblioteca tem a identidade da sociedade que a alberga», quem o disse foi Alberto Manguel, romancista, tradutor e ensaísta argentino, quando visitou a Biblioteca da Imprensa Nacional.
Em pleno coração lisboeta, entre os bairros do Rato e do Príncipe Real, encontra-se a Biblioteca da Imprensa Nacional, abrigo das artes, da cultura e dos livros.
A atual sala da Biblioteca da Imprensa Nacional foi inaugurada, por Luís Derouet, em 1923. Hoje é a fiel guardiã de um acerco que conta com cerca de 20 mil livros, de onde se destacam os incunábulos e as primeiras edições da Imprensa Régia.
Nos incunábulos, temos a enciclopédia Etymologiae, de Izidoro de Sevilha, de 1472, e duas obras religiosas: a Summa de viciis, de Guilelmus Paraldus, de 1475, e a Precordiale Sacerdotum, de Jacobus Philippi, de 1489.
Das primeiras edições da Impressão Régia destaque para o Elogio Histórico de Benedicto XIV, pelo Marquez Caraccioli, para o Plano dos Estudos para a Congregação dos religiosos da Ordem Terceira de S. Francisco do Reino de Portugal, para a Dissertação Crítica, Histórica e Litúrgica sobre a nota do Preladon Nicolao Antonelli ao antigo Missal Romano Monastico Lateranense […], por Joaquim de Santa Ana, ou ainda para a Collecção dos melhores Sermões escolhidos, dos mais Célebres Pregadores, que de França, e Itália até agora tem chegado ao nosso Reino, assim dos já traduzidos, como dos novamente mudados de hum, e outro idioma para o nosso […], por Francisco de Santa Bárbara.
Outrora denominada «Biblioteca da Impressão Régia», a Biblioteca da Imprensa Nacional guarda também o jornal oficial do estado português, onde é publicada a legislação nacional: o Diário da República.
Um tesouro em pleno coração lisboeta.
Face às circunstâncias atuais, as consultas e as visitas à sala da Biblioteca da Imprensa Nacional realizam-se apenas com marcação prévia.
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