
Esta quinta-feira, 17 de outubro, pelas 18h30, a Biblioteca da Imprensa Nacional, em Lisboa, recebe os solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Sally Dean, no oboé, Andrei Ratnikov, na viola, Ercole de Conca, no contrabaixo e Anna Tomasik, no piano, tocam De Profundis, de António Victorino d’Almeida, Cantigas de Alba, de Eurico Carrapatoso e Geórgicas, de Fernando Lopes Graça.
Os compositores portugueses em destaque na Biblioteca da Imprensa Nacional.
Como sempre, a entrada é gratuita.
Ao contrário de outros géneros musicais, e salvas as exceções dos instrumentistas virtuosos e das estrelas do canto lírico, na música de tradição clássica destaca-se muito a figura do compositor, relegando o músico intérprete para a categoria de fiel intermediador. Esquece-se, porém, que muitas grandes obras estão ligadas a grandes músicos intérpretes, os quais, por vezes, são a própria «razão de ser» das mesmas. Aconteceu assim em dezenas de ocasiões com o Opus Ensemble, o agrupamento de câmara fundado em 1980 pelo oboísta Bruno Pizzamiglio, pela pianista Olga Prats, pela violetista Ana Bela Chaves e pelo contrabaixista Alejandro Erlich Oliva. O presente programa pontua esse trajeto com três obras de compositores portugueses que lhe foram dedicadas em diferentes fases.
Em 1989, Fernando Lopes Graça compôs as oito pequenas peças que se reúnem nas Geórgicas, naturalmente inspiradas no pendor bucólico dos versos de Virgílio. Em 2003, e passados seis anos sobre a morte de Pizzamiglio, a música de António Victorino d’Almeida evocava a sua memória, com De Profundis, estreada na primeira ocasião em que se juntou o oboísta Pedro Ribeiro. Dois anos mais tarde, Eurico Carrapatoso celebrou o 25.º aniversário do ensemble com Cantigas de Alba, uma partitura que foi recentemente revista e cuja nova versão se dá agora a conhecer.
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