
Benvindo Gomes Semedo é o vencedor da segunda edição do Prémio Literário Arnaldo França. O anúncio do vencedor foi feito ontem, ao final da tarde, na Livraria Pedro Cardoso na cidade da Praia, em Cabo Verde.
Benvindo Gomes Semedo concorreu a este prémio com o pseudónimo Levi Mendi e apresentou ao concurso o trabalho «Selma, a Diretora Lésbica», um conjunto de vários contos.
O júri optou premiar «Selma, a Diretora Lésbica» por se tratar de «um trabalho inédito e com alguma qualidade, com temas peculiares e uma linguagem clara».
A obra vencedora do Prémio Arnaldo França 2019 resultou da escolha, por maioria do júri, com um voto contra, de entre as 5 candidaturas apresentadas.
Do júri fez parte Vera Duarte, Daniel Medina e Paula Mendes.
Além de 5.000 euros, o vencedor terá direito a ver a sua obra publicada.
Recorde-se que o Prémio Literário Arnaldo França é uma iniciativa conjunta da Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV) e da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) e tem como objetivo incentivar o talento literário em Cabo Verde e prestar um merecido tributo ao homem, cidadão e escritor Arnaldo França. Em 2018, na sua primeira edição, Beato Sabino, de Olavo Delgado Correia, foi o grande vencedor e O Sonho de Ícaro, de Onestaldo Ferreira Fontes Gonçalves, recebeu uma menção honrosa.
Quanto a Arnaldo França (1925-2015) foi poeta, ensaísta, crítico, estudioso, estadista e historiador da literatura cabo-verdiana. Arnaldo França foi ainda um académico e esteve na génese do ensino superior em Cabo Verde.
A promoção da língua é, segundo Duarte Azinheira, diretor de edições e cultura da Imprensa Nacional, «um desígnio estratégico para a INCM que se concretiza, principalmente, no seu plano de edições de serviço público e nos vários prémios literários que apoia».