Tal como em anos anteriores, escolho dez livros sobre os quais escrevi. Igual destaque mereciam duas obras nascidas nos jornais: as crónicas de Vasco Pulido Valente e as reportagens de Paulo Moura. No ensaio, a Assírio & Alvim deu continuidade à edição de um modernista essencial, Walter Benjamin, a Cavalo de Ferro traduziu as aulas de Cortázar, e a Relógio d’Água propôs o júbilo de Chesterton, a clareza de Orwell e os «Escombros» de Ferrante. E como não acrescentar as sinuosas memórias de Le Carré? Alguns ficcionistas estrangeiros (DeLillo, Oz, Llosa ou Barnes) continuam a beneficiar, e bem, de tradução quase imediata. Versões de poesia houve poucas, mas importantes, de Ovídio e Bashô a Rilke e Eliot, passando por «Eugénio Onéguin». É impossível referir todas as reedições recomendáveis, mas vale a pena chamar a atenção para projetos inventivos e garimpeiros como a E-Primatur.
Tudo o que Existe Louvará, Adélia Prado, Assírio & Alvim
Poesia, Eucanaã Ferraz, Imprensa Nacional-Casa da Moeda
Histórias Aquáticas, Joseph Conrad, Sistema Solar
Manual para Mulheres…, Lucia Berlin, Alfaguara
Artigos Portugueses, Miguel Tamen, Assírio & Alvim
Cartas Reencontradas, Pedro Eiras, Assírio & Alvim
Será que os Androides…, Philip K. Dick, Relógio d’Água
Um Copo de Cólera, Raudan Nassar, Companhia das Letras
Estrada Nacional, Rui Lage, Imprensa Nacional-Casa da Moeda
Obra Poética I, Ruy Cinatti, Assírio & Alvim