A Câmara Municipal de Sintra recebe na Casa Mantero o Colóquio Internacional Camilo Castelo Branco: Estado(s) da Arte, nos dias 16 e 17 de novembro.
Inserido na Cátedra Camilo Castelo Branco, da autarquia de Sintra e da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o colóquio antecipa as comemorações do bicentenário do escritor, nascido em 1825, e pretende realizar um balanço no campo dos Estudos Camilianos, tendo em conta as diversas áreas que congrega.
A iniciativa conta com a participação de conferencistas nacionais, nomeadamente, das Universidades de Lisboa, Porto, Coimbra, e internacionais, pelas Universidades de Exeter e Leeds/Clepul, do Reino Unido, Universidade de São Paulo e pelo Real Gabinete Português do Rio de Janeiro, Brasil.
A sessão de abertura acontece no dia 16 de novembro, pelas 9h45 e conta com a presença do presidente da autarquia de Sintra, Basílio Horta, o presidente do Conselho Consultivo da Cátedra de Camilo Castelo Branco e coordenador da coleção da Imprensa Nacional «Edição Crítica das Obras de Camilo Castelo Branco», Ivo Castro, e o diretor da FLUL — Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Miguel Tamen.
«Regresso à casa assombrada, regresso à biografia», «Um estado de realismo na arte d’A caveira da mártir», «Modernidade, comédia, crítico casado» e «A Coleção Camiliana ao vivo» são os temas que constituem o painel da manhã do primeiro dia deste colóquio. Da parte da tarde, pelas 14h30, «A correspondência de Camilo Castelo Branco da Biblioteca Camiliana de Sintra», «Camilo e o círculo plural do autor», «Do contemporâneo em Cenas Contemporâneas (1855) de Camilo Castelo Branco», compõem o segundo painel, seguido pela conferência plenária por Ivo Castro, sob o mote «Camilo e suas palavras».
No dia 17 de novembro, pelas 10 horas, os conferencistas irão abordar os seguintes tópicos: «Notas de uma ‘sinfonia offenbachiana’: breves reflexões em torno de Camilo Castelo Branco e a ópera em Portugal», «Um escritor capaz de tudo», «‘O folheto ainda ali está na gaveta’: da Infanta Capelista ao Carrasco de Vítor Hugo José Alves», «‘Nem às paredes confesso’: História, memória e lembranças do passado em Aquela Casa Triste… (1872)» e «Apontamentos sobre a acolhida de Camilo no Brasil». O painel da tarde tem início às 14 horas, com os debates «3521: Odisseia Camiliana», «Figas e fumos: topologia de práticas mágicas na obra camiliana» e «O romance de Camilo A Freira que fazia Chagas e o pintor maneirista Fernão Gomes». Posteriormente, será realizada uma conferência plenária sobre «Faces da escravidão em romances camilianos: da justiça e da vingança».
Esta iniciativa integra o Plano de Atividades da Cátedra Camilo Castelo Branco, criada em 2021, pela Câmara Municipal de Sintra e a FLUL — Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A sua criação resulta da classificação do espólio da Camiliana de Sintra como Bem Cultural de Interesse Público, classificação única em Portugal a nível de um município e de uma Biblioteca Pública.
A Cátedra de Camilo Castelo Branco é de natureza mecenática e alicerçada neste espólio que reúne documentos únicos de e sobre o escritor e que se encontra atualmente na Biblioteca Municipal de Sintra. O seu propósito visa a investigação sobre o fundo camiliano, com vista à criação de projetos de investigação, promoção de congressos e realização de ações de divulgação e de reconhecimento da investigação desenvolvida.
A participação neste Colóquio é gratuita, mediante inscrição prévia AQUI.