Título: Mundo Grave
Autor: Pedro Pereira Lopes
Apresentação: Maria do Rosário Amaral
Coleção: Fora de Coleção
Edição: Imprensa Nacional
Data: quarta-feira, 13 de junho
Horário: 18 horas
Local: Camões – Centro Cultural Português
R. António Enes, 148/149 – r/c
Beira
As férias do inspetor especial, Costley Liyongo, decorriam serenamente na cidade de Inhambane, quando um telefonema do diretor da polícia de investigação criminal lhe deixa claro que, devido a uma emergência, era forçosa a sua comparência no serviço.
Num velho prédio, outrora uma espécie de hotel barroco, uma prostituta tinha sido assassinada. Este será o ponto de partida para uma investigação que se irá adensando à medida que os homicídios se sucedem e ganham contornos fantásticos.
Mundo Grave, do escritor moçambicano, Pedro Pereira Lopes, foi a obra vencedora da 1.ª edição do Prémio INCM/Eugénio Lisboa 2017.
Ao ler este livro impôs-se-me a pergunta: como é que um praticante de haikus produz esta narrativa crua, de uma pulsão declarativa, implacável como o gume isento de vergonha do sangue que fez correr? É este ecletismo e a sua multiplicidade de recursos que fazem de Pedro Pereira Lopes um dos trunfos da mais recente literatura moçambicana. Um policial negro e arredio a exotismos, localizado num país que luta ainda pelas suas catarses.
António Cabrita
pedro pereira lopes nasceu na zambézia, em 1987. membro da associação dos escritores moçambicanos, é pesquisador e docente no instituto superior de relações internacionais.
obras & prémios
setenta vezes sete e outros contos (não publicado)
3.° lugar no concurso de ficção narrativa joão dias (2009)
o homem dos 7 cabelos (infanto-juvenil, 2012)
prémio lusofonia – município da trofa (2010)
kanova e o segredo da caveira (infanto-juvenil, maputo, 2013; são paulo, 2017)
viagem pelo mundo num grão de pólen e outros poemas (infanto-juvenil, maputo, 2014; são paulo, 2015)
a história do joão gala-gala (com chico antónio, infanto-juvenil, 2017)
o mundo que iremos gaguejar de cor (contos, 2017)
menção honrosa – prémio literário 10 de novembro (maputo, 2015)
menção honrosa – prémio literário eduardo costley-white (lisboa, 2016)
o comboio que andava de chinelos (no prelo)
prémio maria odete de jesus (maputo, 2016)
in «contracapa» mundo grave
A Imprensa Nacional-Casa da Moeda, S. A., dando corpo à sua missão de promoção e preservação da língua portuguesa e tendo em consideração a relevância de Eugénio Lisboa, enquanto cidadão e homem de cultura nascido em Moçambique, mas também como seu autor, entendeu criar este prémio literário, destinado a selecionar trabalhos inéditos de grande qualidade no domínio da prosa literária, incentivando desta forma a criação literária moçambicana.