Narrativa Vertical. Almada Negreiros e o Romance da Modernidade, de João Paulo Sousa

Narrativa Vertical. Almada Negreiros e o Romance da Modernidade, de João Paulo Sousa, foi o trabalho vencedor da 5.ª edição do Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura, em 2019,  na categoria «Ensaio na área das Humanidades».

Este ensaio parte da análise do caráter fragmentário de Nome de Guerra, pondo em evidência a suspensão do tempo e da causalidade no romance de Almada Negreiros. Tendo por base conceitos estruturantes da literatura das primeiras décadas do século XX, João Paulo Sousa demonstra como a organização da obra — aqui exposta à luz do seu contexto europeu — obedece a uma lógica de composição espacial, seguindo os princípios de adição e de combinação próprios da arte abstrata. Plenamente inserido na prosa da modernidade, o romance de Almada Negreiros pode assim ser lido como uma «narrativa vertical», na medida em que recusa a linearidade temporal do mundo exterior e se afirma como uma totalidade estática e inorgânica.

In contracapa

Publicado na coleção «Olhares», o título Narrativa Vertical. Almada Negreiros e o Romance da Modernidade tem por base a dissertação de mestrado que João Paulo Sousa apresentou, em 2003, à Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Neste livro, o autor desvela a lógica organizativa do romance de Almada Negreiros e contextualiza-a na prosa da modernidade europeia, considerando Nome de Guerra como um momento fulcral na história das formas literárias em língua portuguesa.