A obra que conta a história da família Maia foi publicada, no Porto, em 1888 pela Livraria de Ernesto Chardron (hoje Livraria Lello). 130 anos passados, Os Maias — Episódios da Vida Romântica é (adore-se ou odeie-se) o título mais conhecido, celebrado e estudado de Eça de Queirós.
Tudo começou com um pedido do diretor do Diário de Portugal ao então escritor e diplomata Eça de Queirós: uma história para ser publicada em folhetins. Eça depressa se apercebeu do valor da trama que estava a escrever e, logo, suspendeu a publicação. Dedicou-se então, durante 10 longos anos, à escrita de um verdadeiro e enormíssimo romance.
Cerca de 60 personagens, uma história de amor proibida, uma pintura fiel de um Portugal finissecular e um retrato mordaz da vida ociosa da burguesia lisboeta, foram alguns dos ingredientes para o sucesso. E também para a perenidade da obra.
Muitos foram também os cenários interiores e exteriores que inspiraram Eça de Queirós. A grande parte da história desenrola-se em Lisboa e nos seus arredores. Sintra, Pedrouços e Olivias, por exemplo, onde ficava a «Toca» dos irmãos amantes… passando também pelo Douro, por Coimbra e até pelo estrangeiro: Inglaterra, Itália e Paris.
O desafio que hoje trazemos é que percorra alguns dos espaços que povoam o universo d’Os Maias, que fotografe um deles (à sua escolha) e que nos envie uma fotografia com uma legenda ou o excerto da obra onde esse espaço é mencionado no romance.
O autor da fotografia que obtiver mais gostos ganha a nossa edição Crítica d’Os Maias, publicada este ano pela Imprensa Nacional, numa edição de Carlos Reis e de Maria Rosário Cunha.
E o que é uma edição crítica? Não é um romance, mas bem que podia ser um conto policial!
Uma edição crítica é uma edição genética, é um texto que foi tratado com as mais rigorosas técnicas de investigação filológica, capazes de descobrir e resolver os equívocos mais escondidos que o tempo, as edições sucessivas e a incúria dos homens foram introduzindo. A verdadeira investigação detectivesca necessária para elaborar a edição de um texto clássico, várias vezes publicado, consiste em descobrir em qual ou quais das versões existentes se deve apoiar, e logo decidir, palavra a palavra, linha a linha, qual o texto mais próximo da última vontade do seu autor.
Puxe pela sua memória, pela inspiração e pelo gatilho da máquina fotográfica (ou do telemóvel)! Tem até 30 de setembro para nos enviar a sua fotografia (e respetiva legenda) para o e-mail prelo.incm@gmail.com ou por mensagem interna para a nossa página do Facebook! Divulgaremos todas as fotografias na nossa página de Facebook.
É válida uma candidatura por pessoa.
O desafio está lançado!