As candidaturas à 6.ª edição do Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura continuam a decorrer até 15 de outubro. Este ano estão a concurso trabalhos inéditos na área da Tradução (para a língua portuguesa) de obras no domínio público.
Conheça aqui o Regulamento do Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura
O Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura contempla a edição da obra premiada, assim como uma componente pecuniária de 5000 € a título de prémio.
Nesta edição preside ao júri Pedro Mexia. Jorge Reis-Sá e Joana Matos Fria são os dois outros elementos que compõem o júri.
De recordar ainda que, na área da Tradução, o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura já distinguiu, em 2017, João Pedro Mendes Ferrão, pela tradução de Rimas, da autoria Michelangelo Buonarroti (1475-1564), e atribuiu uma menção honrosa a A. Ferreira da Silva pela tradução de Rimas, de Guido Cavalcanti (1255-1300), ambos já publicados na coleção «Itálica» da Imprensa Nacional.
Este galardão foi instituído pela Imprensa Nacional em 2015 e tem por objetivo dar oportunidade de edição de textos que teriam dificuldade de publicação nas atuais condições do mercado editorial e ao mesmo tempo de homenagear a figura incontornável e exemplar de Vasco Graça Moura enquanto cidadão, intelectual e antigo administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. De referir que, enquanto administrador da Imprensa Nacional, entre 1979 e 1989, Vasco Graça Moura foi responsável por uma transformação profunda do papel da editora pública, tornando-a culturalmente interventiva através de uma política editorial que ultrapassou o caráter supletivo. A sua intervenção na recomposição do programa editorial passou pela criação de coleções como a «Biblioteca de Autores Portugueses», sendo a primeira de várias entretanto planeadas como «Essencial», a «Plural» ou a «Biblioteca de Autores Clássicos».
Os resultados desta 6.ª edição do Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura serão conhecidos a 16 de novembro de 2020.
Sobre o Júri:
Pedro Mexia (Presidente)
Nasceu em Lisboa a 5 de dezembro de 1972. Licenciado em Direito, é presença assídua na imprensa escrita e na televisão há mais de uma década.
Crítico e cronista nos principais jornais nacionais e na revista LER, atualmente mantém a coluna «Fraco Consolo» no Expresso. Colaborou nos programas de televisão É a Cultura, Estúpido e O Eixo do Mal na SIC Notícias, projetos das Produções Fictícias, e é até ao presente um dos membros do painel do Governo Sombra, programa emitido pela TSF e pela TVI24.
Tem editadas sete coletâneas de crónicas: Primeira Pessoa (2006), Nada de Melancolia (2008), As Vidas dos Outros (2010), O Mundo dos Vivos (2012), Cinemateca (2013) e Biblioteca (2015) e Queria mais é Que Chovesse (2015, Brasil); e outras sete de poesia: Duplo Império (1999), Em Memória (2000), Avalanche (2001), Eliot e Outras Observações (2003), Vida Oculta (2004), Senhor Fantasma (2007) e Menos por Menos – Poemas Escolhidos (2011); para além de estar representado em diversas antologias nacionais e estrangeiras. Na área da edição, tem também a experiência da tradução e da coordenação de uma coleção de poesia (Tinta-da-China). É também autor, a solo ou em colaboração, de vários blogues, que produziram quatro diários: Fora do Mundo (2004), Prova de Vida (2007), Estado Civil (2009) e Lei Seca (2014).
Entre 2008 e 2010, foi subdiretor e diretor interino da Cinemateca Portuguesa e tem sido membro convidado e efetivo de júris de vários prémios literários, de entre os quais se destaca o Prémio Camões.
Foi distinguido, em 2015, como Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
Vencedor do Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários da Associação Portuguesa de Escritores de 2018 com o livro Lá Fora.
Jorge Reis-Sá
Nasceu em Vila Nova de Famalicão a 9 de abril de 1977. Licenciado em Biologia, foi fundador e editor das Quasi Edições entre 1999 e 2009, e diretor editorial na Babel de 2010 a 2013. Atualmente é editor da Glaciar e consultor editorial, colaborando com diversas instituições e editoras.
Publicou poesia, narrativa e crónica. Em 2013 reuniu os seus poemas no volume Instituto de Antropologia; em 2014 assina, com Henrique Cymerman, Francisco: de Roma a Jerusalém. É autor da novela Por Ser Preciso (2004), dos romances Todos os Dias (2006) e A Definição do Amor (2015), e do livro de contos Terra.
Colabora frequentemente com a imprensa, tendo sido cronista nas revistas Sábado e LER.
Co-organizou, com Rui Lage, a mais completa antologia de poesia portuguesa, Poemas Portugueses, uma panorâmica de oito séculos de poesia portuguesa.
Foi o vencedor do Prémio Manuel Maria Barbosa du Bocage de 2004 com o livro Por Ser Preciso.
Joana Matos Frias
Joana Matos Frias é membro da direção do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa e da Sociedade Portuguesa de Retórica.
Possui doutorado em Conhecimento em Literatura pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2006), onde exerce funções de Professora Auxiliar.
Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Comparada.
Tem desenvolvido trabalho crítico na área da Estética Comparada, com especial incidência nas relações interartísticas entre a Poesia, a Pintura, a Fotografia e o Cinema.