“(…) As contas da despesa de impressos feitos na Imprensa Nacional para o Ministério da Fazenda nos meses de Maio e Junho deste ano estão presos na Direcção da Contabilidade Geral do mesmo Ministério por se ter exaurido a verba votada no Orçamento do Estado para pagamento dalgumas daquelas desepesas. Consta-me que é prática em tais circunstâncias decretar-se um crédito suplementar e que por esta medida esperam as ditas contas para serem pagas. Vou pois rogar a V. E. que se digne de assim ordenar; porque é gravissimo o transtorno que sofre este estabelecimento com a falta de pagamento das referidas contas, cuja importância foi em grande parte dispendida pelo Cofre desta Casa com a compra dos materiais necessários para os impressos, e com a paga dos operários que os fizeram. Esta Casa, Senhor, vive unicamente do produto do seu trabalho, não leva dotação alguma no orçamento, conquanto seja uma Repartição do Estado, tem por isso merecido sempre contemplação de todos os Ex-mos Ministros da Coroa e estou [?] de que mereceu a de V. E. , cujo zelo e interesse pelo serviço público não cede certamente a nenhum daqueles altos empregados.

(…) Lisboa, Administração Geral da I.N. em 10 de Setembo 1851

Ill.mo e E.mo Sr. António Maria de Fontes Pereira de Melo, interino[?] Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda

O Administrador Geral
F. ” (nº 19/2º semestre)