É já na próxima quarta-feira, dia 12 de dezembro, pelas 18 horas, no Auditório da Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, a sessão de lançamento do Dicionário dos Antis – A Cultura Portuguesa em Negativo.
Publicado pela Imprensa Nacional, em dois volumes numerados e rubricados, o Dicionário dos Antis – A Cultura Portuguesa em Negativo será apresentado por António Costa Pinto, Eduardo Vera Cruz, Guilherme d’Oliveira Martins, Luís Caetano e Ricardo Araújo Pereira.
Palavras como «antissemitismo», «anticlericalismo», «antiterrorismo», «anticonstitucionalismo», «anticamonismo», «anticharlatanismo», «anticientismo», «anticristianismo» ou «antiarte» são palavras negativas mas que fazem parte da nossa história. Porque, afinal de contas, o negativo também faz história, também faz cultura, e por isso não devemos desconsiderá-lo.
O Dicionário dos Antis é uma obra ilustrada, em dois volumes, que procura precisamente sistematizar todas as correntes e discursos centrados numa perceção negativa do «outro» na história de Portugal, desde o século XII até à atualidade. O estudo destas palavras permite construir a forma como a cultura portuguesa percebeu e criou diferenças.
O Dicionário dos Antis procura portanto apresentar a história da cultura numa imagem em «negativo», respondendo a uma carência concreta da historiografia portuguesa e europeia, não existindo até agora nenhum trabalho de investigação semelhante.
Conta com a direção de José Eduardo Franco e com os contributos de inúmeros estudiosos como Adelino Cardoso, Aida Sampaio Lemos, Carlos Fiolhais, Pedro Barbas Homem, Ricardo Ventura, Helena Mateus Jerónimos entre muitos outros.
«Esta é uma obra singular, rara e inesperada no panorama editorial do nosso país e, inclusivamente,
a nível internacional. (…) O Dicionário dos Antis constitui-se como uma espécie
de história da cultura portuguesa, olhada do ângulo dos dinamismos de oposição e de contradição,
que permite compreender-nos a partir de uma perspetiva inabitual, abrindo caminhos
de perceção da “diferença”, de uma forma inovadora, mais abrangente e mais complexa.».
Duarte Azinheira, da «Apresentação»
«A originalidade do dicionário que o leitor tem entre mãos consiste em observar as práticas
sociais de hoje e as suas representações em comportamentos e argumentações muito
mais antigos. E porque não desde a aurora da humanidade? (…) Ao longo das suas muitas
páginas, este dicionário manifesta a extraordinária conexão de Portugal com a história do
mundo. (…) Não há dúvida, por outro lado, de que o Dicionário dos Antis vai suscitar um vasto
debate internacional. (…) Não estamos em altura de denunciar este ou aquele grupo, mas de
entrar no laboratório do pensamento dialético, que é uma maneira de estimular o espírito
crítico quando o falso, o virtual e o verdadeiro se misturam; que é pôr em causa os erros conspirativos
e as certezas abusivas deste mundo dividido entre manipulação e informação que se
tornou o nosso.»
Fabrice d’Almeida, do «Prefácio»
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