Contamos publicar 75 novos livros ao longo do ano.
A Imprensa Nacional, chancela editorial da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), apresentou no dia 27 de fevereiro, na sua Biblioteca, os principais projetos culturais e editoriais para 2025, onde se inclui um Plano Editorial que contempla a edição de cerca de 75 novos títulos, dando continuidade à missão da editora pública: promover a cultura e a língua portuguesas.
Estas novas edições irão assim juntar-se aos cerca de 2.000 títulos ativos do catálogo da Imprensa Nacional, que inclui 140 títulos recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, bem como 500 livros digitais e 10 audiolivros disponibilizados ao público de forma livre e gratuita.
Entre as novidades editoriais deste ano destacam-se a nova coleção de livros sobre Dança, dirigida por José Sasportes, que se inicia com dois títulos já em edição — Dança e Política no Século XX, de Maria João Castro, e Dançar com o III Reich — Os Bailarinos Modernos e o Nazismo, de Laure Guilbert—, e uma coleção inteiramente dedicada aos editores portugueses, dirigida por Jorge Reis-Sá, onde será publicado o primeiro volume, que aborda o trabalho editorial de Guilhermina Gomes.
Em 2025 surge também uma outra nova coleção intitulada «Portugal, lugar onde», sobre a sociedade portuguesa na segunda metade do século XX, coordenada por Pedro Adão e Silva, a iniciar com Ricos e Pobres no Alentejo — Uma Sociedade Rural Portuguesa, de José Cutileiro.
A Imprensa Nacional vai também continuar a apostar nas obras completas de alguns autores portugueses, cuja obra é difícil de encontrar ou está mesmo indisponível no mercado, como Manuel Teixeira Gomes, Francisco Teixeira de Queiroz, Maria Ondina Braga ou Maria Isabel Barreno, que se inicia com dois volumes coordenados por Ana Rita Sousa (Romances I e Contos e Novela).
O compromisso de fixar o cânone da literatura portuguesa prossegue com a publicação das edições críticas de A Cidade e as Serras, O Primo Basílio e O Crime do Padre Amaro (1.ª versão), de Eça de Queirós, Romance dum Homem Rico, A Doida do Candal e Livro de Consolação, de Camilo Castelo Branco, e um volume que reúne quatro comédias de Almeida Garrett — O Corcunda por Amor, Falar Verdade a Mentir, Tio Simplício e O Conde Novion, e outro com o seu Romanceiro.
Esse compromisso está também presente na «Biblioteca Fundamental da Literatura Portuguesa», coordenada pelo Professor Carlos Reis, com a publicação de Os Lusíadas, de Luís de Camões (no prelo), e Eurico o Presbítero, de Alexandre Herculano, tal como na coleção «Pessoana», dirigida pelo Professor Ivo de Castro, com a publicação de Poemas de Alberto Caeiro e Vinte Anos de Poesia Ortónima II – 1921-1933, a par do ensaio Os Livros Ocultos de Fernando Pessoa, de Rita Marrone.
Na poesia, com a coleção «Plural», o destaque vai para a publicação de Poética, de Ana Cristina César, Magnífica Luz — Poesia Reunida, de Fernando Guedes, Erros Meus, de Nuno Artur Silva, e a reunião da obra de Inês Lourenço, ainda sem título. Na série «Letrapoema», dedicada aos letristas que escrevem em português, serão lançados já muito em breve os títulos Enquanto Invento Algum Sentido, de Miguel Araújo, e Soñetos, de Rui Reininho.
Para quem gosta de ensaios, serão publicados na coleção «Olhares» os livros A Longitude do Mundo. Viagens Oceânicas, Cosmografia Matemática e a Construção de Uma Terra Global, de Henrique Leitão e José María Moreno Madrid (no prelo), Império do Medo — Escravatura, Tráfico Negreiro e Racismo, VV. AA., A Pintura e a Negação do Sublime, de José Quaresma, e Pétain, Salazar, de Gaulle, de Patrick Gautrat.
No domínio das Artes, a coleção «Arte e Artistas» irá acolher os livros Riso, Troça e Aplauso. Representações de Escritores Portugueses na Imprensa Satírica, de Maria Virgílio Cambraia Lopes, e Retratos de Camões, de Raquel Henriques da Silva. A «Série Ph.», dedicada à fotografia portuguesa, contará com livros sobre os trabalhos de Gérard Castello-Lopes e Patrícia Almeida.
Na «Coleção D», dedicada aos designers portugueses e coordenada por Jorge Silva, serão publicados volumes sobre Alda Rosa e Armando Alves, e na «Coleção J», dedicada à Joalharia Portuguesa, com coordenação de Cristina Filipe, será publicado um segundo volume sobre o trabalho de Alexandra de Serpa Pimentel. Surgirá também a «M», uma coleção e dedicada às marcas históricas portuguesas dirigida pelo designer João Campos, que inaugura com um livro sobre marcas da indústria conserveira nacional.
Os leitores mais novos também não foram esquecidos pela Imprensa Nacional, com o lançamento da coleção infantojuvenil «Arte Nossa», onde serão publicados dois títulos dedicados às obras de Almada Negreiros e de Josefa de Óbidos. Na coleção «Grandes Vidas Portuguesas», editada em parceria com a Pato Lógico, teremos a biografia de Natália Correia. A preocupação com uma formação pedagógica e cívica abrangente das crianças e jovens está também presente na publicação de livros infantojuvenis sobre temas tão diversos como a Mitologia (Coleção Museu Casa da Moeda), o Diário da República, o Serviço Nacional de Saúde, o terramoto de Lisboa de 1755 ou o que é ser Presidente da República.
Continuarão também visíveis as relações de parceria e cooperação estabelecidas com as mais diversas entidades, das quais se destacam as seguintes coedições: Mesa Real, o roteiro sobre a nova ala dedicada à cozinha do quotidiano real, com Palácio Nacional da Ajuda, os catálogos da CACE – Coleção de Arte Contemporânea do Estado, Teatros Desparecidos, com o Museu Nacional do Teatro e da Dança, um volume especial de O Arqueólogo Português, que em 2025 celebra 130 anos, dedicado às descobertas nas coleções do Museu durante o processo de desmontagem para obras, com o Museu Nacional de Arqueologia, as pequenas biografias ilustradas de João de Deus e Guerra Junqueiro, com o Panteão Nacional, e três volumes de partituras da obra de Fernando Lopes-Graça, com a OPART.
Serão ainda apresentados dois audiolivros para descarga gratuita: As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis, lido por Bernardo Mendonça, e Memórias de Um Doido, de António Pedro Lopes de Mendonça, lido por Maria João Pinho.
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