Este convite é para si.
Teresa Martins Marques apresenta, já no dia 9 de maio, pelas 18.00h, na Biblioteca da Imprensa Nacional, o mais recente título da coleção «Olhares». Trata-se de Uma Conversa Silenciosa, de Eugénio Lisboa, livro onde se reúne 78 textos, breves ensaios sobre literatura, sobre escritores, sobre política cultural, sobre edição e editores.
Ao longo de todos os ensaios perpassa a erudição do autor, o seu vasto conhecimento, não apenas das literaturas lusófonas mas também das literaturas de outras latitudes, nomeadamente de língua inglesa e francesa.
Numa escrita elegante, onde o rigor da palavra se associa a uma enorme amplitude cultural, pontuada, por vezes, pelo episódio curioso ou pela citação oportuna, Uma Conversa Silenciosa é também um diálogo. Diálogo onde o leitor tem como interlocutor um dos maiores críticos literários portugueses.
Sobre Eugénio Lisboa
Eugénio Lisboa tem uma multifacetada carreira, dedicada à crítica literária, à escrita, à docência, à diplomacia e à gestão. Nasceu em Lourenço Marques (1930) e, com 17 anos, vem para Lisboa estudar engenharia eletrotécnica, no Instituto Superior Técnico. Entre 1958 e 1978 dedica-se à gestão de companhias petrolíferas, em Moçambique e em França, mantendo paralelamente uma constante atividade cultural.
Foi conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Londres (1978-1995), presidente da Comissão Nacional da UNESCO (1995-1998), e professor de Literatura Portuguesa nas universidades de Lourenço Marques, Pretória, Estocolmo e Aveiro.
Como crítico literário e ensaísta, dedicou especial atenção à obra de José Régio, de quem foi próximo.
Na Imprensa Nacional publicou: O Essencial sobre José Régio, Ler Régio, Crónica dos Anos da Peste, Indícios de Oiro e dirige a coleção Obra Completa de José Régio.
Recentemente publicou as suas memórias, sob o título global Acta Est Fabula, e é colaborador regular no Jornal de Letras e na revista LER.
É membro da Academia das Ciências de Lisboa — Classe de Letras, e Doutor Honoris Causa pelas universidades de Nottingham (1988) e de Aveiro (2002).
Recebeu os seguintes prémios literários: Prémio Cidade de Lisboa (1985); Prémio Jacinto do Prado Coelho (2000); Grande Prémio da Literatura Biográfica (2012); Prémio Tributo de Consagração (2018).
Foi distinguido pelo estado português com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Recorde-se que Imprensa Nacional-Casa da Moeda, dando corpo à sua missão de promoção e preservação da língua portuguesa e tendo em consideração a relevância de Eugénio Lisboa, enquanto cidadão e homem de cultura nascido em Moçambique mas também como seu autor, entendeu criar em 2017, um prémio literário que recebeu o seu nome, destinado a selecionar trabalhos inéditos de grande qualidade no domínio da prosa literária, incentivando desta forma a criação literária moçambicana.