|
Fotografias: Nuno Silva |
por Tânia Pinto Ribeiro
Salão Nobre da INCM cheio, no dia da entrega do prémio da primeira edição do Prémio Inovação INCM, um galardão que visa recompensar ideias inovadoras para a criação de novos produtos e serviços que possam fazer parte da oferta da INCM ao mercado. De entre as 13 propostas «ricas e diversificadas» a concurso, no dizer de José Ramalho Fontes, que presidiu ao júri do prémio, foi encontrada a ideia vencedora no projeto «PAPEL SECRETO – UMA ABORDAGEM INOVADORA E DE BAIXO CUSTO», desenvolvida por Elvira Fortunato, Rodrigo Martins, Luís Pereira e Pedro Branquinha, do Centro de Investigação de Materiais (CENIMAT/CEMOP) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL), e por João Goes e João Pedro Oliveira, do Centro de Tecnologia e Sistemas (CTS) do Instituto UNINOVA. Uma ideia que visa «o desenvolvimento de sistemas eletrónicos utilizando tecnologia embebida e implementada em papel, visando o aumento da rastreabilidade e segurança de documentos».
Como critérios determinantes para a escolha do vencedor estavam os de «potencialidade do negócio do produto, dimensão da internacionalização da marca e, por fim, o contributo para a divulgação da marca», como explicou José Ramalho Fontes.
Além do prémio pecuniário no valor de 10 000 euros, o projeto «PAPEL SECRETO – UMA ABORDAGEM INOVADORA E DE BAIXO CUSTO» terá o seu desenvolvimento financiado no âmbito da rede de inovação colaborativa com as Universidades.
«Esta é uma iniciativa que deveria ser contagiada e passada para outras empresas», referiu a investigadora Elvira Fortunato, que deixou ainda um apelo: «Usem as universidades. As universidades e os centros de investigação têm uma riqueza tecnológica imensa que muitos de nós em Portugal desconhecem. Os investigadores, os professores e os alunos estão cá para ajudar as empresas».
O júri decidiu ainda premiar com 5000 euros o projeto «Cunhagem de Moedas Total ou Parcialmente Transparentes», da autoria de Paulo Martins, do Instituto de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico (IST), uma ideia que tem por objetivo a «produção de moeda com materiais poliméricos, nomeadamente termoplásticos transparentes, para fins numismáticos, promocionais e de colecionismo» e que virá também a ser desenvolvida.
Ao projeto «Diminuição da colonização bacteriana em moeda metálica», que propõe «linhas de orientação para o desenho de moedas que permitam diminuir o número de bactérias na sua superfície», foi atribuída uma menção honrosa. Esta foi uma ideia desenvolvida pelos investigadores Carla Carvalho, do Instituto de Bioengenharia e Biociências do IST; Maria José Carvalho, do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e Telmo Santos, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL.
Recorde-se que a INCM tem como missão criar, produzir e fornecer bens e serviços que exigem elevados padrões de segurança, focados no cliente e em soluções inovadoras e um dos seus valores é a inovação em rede. A INCM, como bem referiu Rui Carp, presidente do conselho de administração: «tem o atrevimento de experimentar novos produtos». Um valor que vai ao encontro da expectativa de Maria Manuel Leitão Marques, Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, que também fez questão de marcar presença neste evento, realçando que «hoje em dia, não basta que as empresas cumpram a lei; é necessário que sejam inovadoras». Porque a «inovação é uma condição de sobrevivência», concluiu Maria Manuel Leitão Marques.