Foi em 2021, por unanimidade do júri, que O Vazio de Um Céu sem Hinos, de David Bene, venceu o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura. Está agora publicado na «Plural», a coleção da Imprensa Nacional dedicada à poesia.
Partindo do diagnóstico de Wallace Stevens segundo o qual a poesia tomou o lugar do sagrado, O Vazio de Um Céu sem Hinos, de David Bene, é uma sequência de poemas intertextuais, meditativos e surpreendentes, procurando uma linguagem carregada de sentido, umas vezes impessoal, outras sarcástica, entre a memória desvanecida do sublime e a violência concreta da circunstância e da História.
Eis-me aqui
entre a argila e o inseto
a dois dedos da prosa
ou da língua e da coruja
sem mácula nem gravidade
David Bene in O Vazio de Um Céu sem Hinos
Poeta e prosador, David Bene escreve para diversos jornais e revistas literárias em Moçambique, Brasil, Portugal, Galiza e Japão. É licenciado em Geologia pela Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), Mestre em Geologia Económica pela Universidade de Akita (Japão) e Doutorado em Engenharia de Recursos Minerais na Universidade de Kyushu, também no Japão. Atualmete vive e trabalha em Moçambique.
David Bene nasceu na cidade de Manica, em 1993. Poeta e prosador, escreve para diversos jornais e revistas literárias em Moçambique, Brasil, Portugal, Galiza e Japão. O seu trabalho está traduzido para japonês e neerlandês. É autor de Objecto Oblíquo (em coautoria com Mélio Tinga; OitentaNoventa, 2022) e Câncer (no prelo; Cavalo do Mar, Moçambique, e Exclamação, Portugal). É cofundador da OitentaNoventa.
Brevemente disponível nas livrarias.