Em fins de junho de 1944, a atenção e os olhos do mundo estavam voltados para a Normandia. O Dia D, a maior operação aero naval da história, dava início ao fim da Segunda Guerra Mundial.
Nesses mesmos finais de junho e durante todo o mês de julho de 1944, mais a leste, os soviéticos iniciavam uma nova ofensiva contra o centro da frente alemã que foi batizada de Operação Bagration, em homenagem ao general russo que havia enfrentado Napoleão, em 1812.
Estima-se que na Operação Bagration cerca de 100 mil soldados alemães foram cercados na região de Minsk ( 40 mil dos quais foram mortos, 20 a 25 mil conseguiram fugir e os restantes 35 a 40 mil foram capturados). A Operação Bagration, duraria todo o mês de julho e só viria a terminar a 19 de Agosto de 1944.
É considerada a maior derrota militar terrestre da Alemanha.
Portugal conseguiu permanecer de fora desta guerra numa situação de «aliado não ativo». Mas como seria viver na capital do país nestes tempos de Guerra? Lisboa foi porto de abrigo e porto de chegada de milhares de refugiados europeus que por ali ficavam ou partiam para seguirem os seus caminhos. Como foram acolhidos?
A historiadora Margarida de Magalhães Ramalho, que há mais de uma década trabalha documentação sobre a temática dos refugiados na Segunda Guerra Mundial, dá-nos a resposta em Lisboa, uma Cidade em Tempo de Guerra — uma edição única no catálogo da Imprensa Nacional.
«Este livro não é um livro de História, mas sim de histórias», nas palavras da autora. É uma obra que transporta o leitor para a Lisboa do final da década de trinta e início da década de quarenta do século passado, através de testemunhos, muitas vezes na primeira pessoa, dos refugiados que procuraram Portugal como o último reduto europeu para quem já não encontrava segurança numa Europa em guerra.
Ao longo da obra, Margarida de Magalhães Ramalho aborda temas como os refugiados, as alterações que a presença destes provocou na capital lisboeta, as guerras da propaganda e as teias tecidas pela espionagem internacional.
Não perca!

Lisboa, uma Cidade em Tempo de Guerra
Margarida de Magalhães Ramalho
Setembro de 2012