O Prémio D. Diniz vai ser entregue esta tarde, no Palácio de Mateus, Vila Real, aos escritores José Tolentino de Mendonça e Jorge Calado, vencedores das edições de 2022 e 2023 respetivamente, numa cerimónia que contará com a presença do Sr. Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
A sessão solene terá início pelas 18 horas. Será celebrada depois, na Capela da Casa de Mateus, a Missa Brevis, de Sigismund Neukomm, pelo Americantiga Ensemble. Recuperada nos Arquivos da Biblioteca Nacional de França pelo diretor artístico dos Encontros Internacionais de Música da Casa de Mateus, Ricardo Bernardes, esta missa cantada foi composta no Rio de Janeiro, com dedicatória a D. João VI, e será acompanhada pelo órgão histórico instalado na Capela da Casa de Mateus desde o séc. xvııı. Prevista está também uma visita guiada ao interior do Museu, com o tema central «D. José Luís, fim de uma era, início de uma época», marcando os 200 anos da atribuição do título de Conde de Vila Real ao 7.º Morgado de Mateus.
Jorge Calado nasceu em Lisboa, em 1938, licenciou-se em engenharia química pelo Instituto Superior Técnico (IST), doutorou-se pela Universidade de Oxford e é professor catedrático de Química-Física e de Termodinâmica Química no Instituto Superior Técnico, sendo também um divulgador das relações entre as ciências e as artes. Recebe este galardão pela sua obra Mocidade Portuguesa, chancela Imprensa Nacional.
Quanto a José Tolentino Mendonça, poeta, sacerdote e professor, nasceu na ilha da Madeira em 1965, estudou Ciências Bíblicas em Roma e vive no Vaticano desde 2018 e, em 2019, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco. Entre 2015 e 2018 presidiu ao júri do Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça-Moura. Venceu o Prémio D. Diniz pelo seu livro de poesia Introdução à pintura rupestre, chancela Assírio & Alvim.
O júri deste galardão foi constituído por Nuno Júdice, que o preside, Fernando Pinto do Amaral e Pedro Mexia.
O Prémio D. Diniz, atribuído pela Fundação da Casa de Mateus desde 1980, distingue anualmente uma obra de poesia, ensaio ou ficção ou a tradução portuguesa de uma obra fundamental do cânone literário.
A lista de premiados inclui, entre outros, Agustina Bessa Luís (1980), José Saramago (1984), Eduardo Lourenço (1995), António Lobo Antunes (1999), Maria Teresa Horta (2011) ou Jorge Silva Melo (2021).