“(…) Em 30 de Maio último tive a honra de representar a V. E. sobre a necessidade de se proceder pelas obras Públicas a um urgentissimo concerto no edificio do Estado em que se acha a Imprensa Nacional, e V. E. dignou-se de me atender, mandando por Portaria de 12 de Julho próximo passado que fosse a obra feita por aquela Repartição, em conformidade do que eu pedia – Vai quasi mês e meio passado sem qu a obra tenha começado, sendo aliás da maior urgência, como o reconheceram os homens peritos da Repartição das Obras Públicas, e como se deixa ver a qualquer que olhe para as paredes exteriores deste edificio, que parecem d’uma Casa abandonada; sendo este estado até vergonhoso para [?], como autoridade a quem está cometida a administração deste Estabelecimento. Em presença pois do que levo dito venho rogar a V. E. que tenha a bondade de fazer expedir novas ordens ao Inspector das Obras Públicas para que dê cumprimento à Portaria de 12 de Julho ponderando-se-lhe que a estação própria para se fazerem os reparos nas paredes exteriores da Imprensa Nacional vai passando, e que é da maior necessidade que quanto antes se dê princípio a tais trabalhos.
(…) 22 de Agosto de 1848.
Ill.mo e E.mo Sr. Duque de Saldanha M. e Secr. De Estado dos Negócios do Reino
O Administrador Geral
F. A. P. M.”
(documento 255)