“(…) Tendo findado no último de Setembro próximo passado o primeiro ano depois da minha nomeação para Administrador Geral da Imprensa Nacional, mandei fazer a respectiva conta da gerência da minha administração, que inclusa levo ao conhecimento de V. Ex.ª, pela qual me parece provar que tenho procurado corresponder à honrosa confiança que mereci a V. Ex.ª quando fui nomeado para esse lugar. Esta conta mostra que eu paguei 9:700.159 de dívidas da Imprensa Nacional pertencentes às administrações anteriores, e que a importância das dividas activas da mesma Imprensa, relativas a esta época, é superior às dívidas passivas, ao passo que ocorri ao dispendiosissimo custeamento desta Casa, tendo ainda um saldo de 292.745 réis para o corrente mês de Outubro. Estes resultados esperava eu que necessariamente se haviam seguidos aperfeiçoamentos que hoje se notam na Imprensa Nacional, e que eternamente farão honra à memória do meu infeliz irmão, meu antecessor; mas se não fora o auxilio eficaz que tenho achado em todos os Ex.mos Ministros da Coroa, e muito principalmente em V. Ex.ª, que sempre tem olhado para esse Estabelecimento com particular atenção, eu não poderia alcançar tão vantajosos efeitos. – Se pos V. Ex.ª entender que a maneira por que tenho administrado esta Casa merece a sua aprovação, rogo a V. Ex.ª que se digne de m’o fazer constar por um documento que possa aparecer no Diário do Govenro, acompanhado desse oficio, e da competente conta, a fim de que seja público o estado financeiro da Imprensa Nacional no tempo de minha administração. (…) Lisboa etc 21 de Outubro de 1845. = Ill.mo e Ex.mo Snr. Conde de Tomar. = O Administrador Geral – Firmo Augusto Pereira Marecos.” (pp. 155-156)