Situação do grupo desportivo da Imprensa Nacional.

  • Referência
    «Ronda das Colectividades: O Grupo Desportivo e Recreativo do Pessoal da Imprensa Nacional quer readquirir posição de prestígio», República, de 14 de julho de 1964.
Assunto

Situação do grupo desportivo da Imprensa Nacional.

Ficha

«O Grupo Desportivo e Recreativo do Pessoal da Imprensa Nacional de Lisboa completou, no passado mês, o seu 27.º aniversário. […]
Da resposta ao nosso inquérito, enviada pela direção do grupo desportivo e recreativo da Imprensa Nacional de Lisboa, salientamos os seguintes parágrafos:
‘São evidentes as dificuldades que aguardavam a presente Direção: a falta de uma sede condigna, as dificuldades de ordem económica para contornar esse obstáculo indiscutivelmente de capital importância, o afastamento sistemático do sócio pela limitação de iniciativas que o problema da sede impõe, têm-se aliado ao esmorecimento das direções transatas que, como ironia aos esforços despendidos, têm registado mais e mais acentuadamente o desinteresse e a demissão da massa associativa, exclusivamente formada por pessoal dos quadros da Imprensa Nacional.
Antecedendo duas décadas na vida da instituição, e durante longos anos, o Grupo Desportivo orgulhou-se de se situar na vanguarda entre instituições congéneres. No campo desportivo, foram brilhantes as suas posições em competições, tais como em xadrez, tiro, basquetebol, futebol, pingue-pongue, damas, etc., vastamente comprovadas pelas inúmeras taças e demais troféus existentes na nossa sede, e ainda pela sua extraordinária classe de ginástica rítmica (e a primeira do país que foi musicada), para ambos os sexos, dirigida pelo Prof. Júlio Moreira. Assinalavam-se, também, concorridos Jogos Florais, exposições de pintura, desenho, fotografia, um muito razoável grupo cénico e conjuntos instrumentais. De todas estas atividades, pouco mais viemos encontrar do que a sua tradição.
A presente Direção, disposta a ultrapassar o horizonte desolador que a Sociedade apresenta, decidiu não se poupar a esforços e, apesar da pequenez e do estado de semi-ruína da sua sede, está procedendo a obras, para se passar, em seguida, à sua decoração e possível alargamento, afim de acomodar diversas modalidades de um programa de novas atividades e fomento ou alargamento de outras. Destacadamente, mencionaremos o ensino de línguas; cursos de xadrez e damas; alargamento e reorganização da biblioteca; projeção de filmes sonoros selecionados, culturais, desportivos e recreativos, mensalmente, acompanhados, sempre que possível, por palestras; criação de uma secção de cinema experimental sonoro, de formato reduzido (para esse efeito se organizarão aulas técnicas teórico-práticas de fotografia e cinema); e ainda um grupo cénico. Está, evidentemente, previsto o aluguer de salas, em casos especiais.
É evidente que o problema económico e a sede dificultam as nossas aspirações; cremos, todavia, que a compreensão da massa associativa e o despertar para os problemas do seu Grupo — facto esse que, aliás, já vamos orgulhosamente registando — através de uma propaganda direta e bem conduzida, seja a natural colaboração final para revigoramento do Grupo após uma letargia de vastos anos.’
[…]»