«Em resposta ao ofício de V. Ex.ª, datado de 28 de setembro último, no qual, de ordem de S. Ex.ª o Ministro dos Negócios da Marinha e Ultramar, me convida a interpor o meu parecer sobre diversos documentos que vêm juntos ao mesmo ofício, todos concernentes à reorganização da Imprensa Nacional da província de Cabo Verde, cumpre-me declarar a V. Ex.ª, para a fazer presente ao mesmo Sr. Ministro, que o Regulamento para a tipografia do Estado naquela província, atendendo às suas peculiares circunstâncias, me parece digno, em geral, de merecer a aprovação do Governo de Sua Majestade. […]
Acho razoável a tabela dos preços das obras, pelo que respeita aos preços da composição; não assim quanto aos da impressão, e para a substituir nesta parte ofereço a tabela (junta por cópia), calculada para a medida do papel comum (n.º2) e para a do Diário antigo, que é o dobro daquela. […]
A percentagem para a casa na minha opinião deve ser contada sobre o custo total da composição e impressão, sendo de 15 por cento nas obras ordinárias, e de 20 por cento nas que exigirem maior esmero, melhores materiais, etc..
Para garantia da fazenda pública julgo finalmente de muita conveniência que, ainda depois de ajustada, nenhuma obra se comece ou tenha andamento, sem que o autor ou editor haja depositado metade do custo em que ela for orçada, exigindo-se-lhe o saldo quando lhe forem entregues os respetivos exemplares.[…]»