“(…) Sendo-me ordenado por Portaria de 12 do corrente, que eu proponha as economias, cortes e reduções que possam ter lugar neste Estabelecimento, sem que todavia resulte de tais medidas inconveniencia, e comprometimento para o serviço público; tenho a honra de dizer a V. Ex.ª, que em 20 de Setembro de 1836 se expediu pelo Ministério do Reino uma semelhante Portaria, ao Ministério do Reino uma semelhante Portaria, ao Administrador Geral da Imprensa Nacional, José Liberato Freire de Carvalho, e em consequência das informações que ele dera se diminuiu a despesa desta Casa, quanto me parece compatível com o espírito da letra da sobredita Portaria de 12 deste mês: por quanto o Decreto de 8 de Outubro de 1836 reduziu o número e o vencimento dos empregados da administração superior da Imprensa Nacional; como mostra o mapa incluso; e posteriormente houve a economia de 300.000 réis anuais com a eliminação do lugar de Tesoureiro, decretada em 29 de Novembro de 1842, economizando-se anualmente a quantia de 1.304.150 réis.
Enquanto aos outros empregados desta Casa, que têm vencimento certo, já naquela época se entendeu, que se não podia fazer redução, por que o seu número é indispensável para o serviço, e o seu vencimento estabelecido como equivalente pago do seu trabalho. Os restantes empregados, que fazem a grande maioria dos que se ocupam neste Estabelecimento são todos empreiteiros, e vencem conforme trabalham.
Na compra dos materiais para o fornecimento das diferentes oficinas, de que se ompõe esta Casa, tenho procurado a maior fiscalização, e economia, lisongeando-me de ter alcançado o meu fim; por que por este meio, e pelo resultado dos melhoramentos que hoje aqui se notam, devidos em grande parte ao zelo e inteligencia do meu antecessor, meu infeliz irmão, eu consegui no 1º ano da minha administração desempenhar a Imprensa Nacional da quantia de rs. 9:700.159, como se mostra pelo ofício e conta, que dirigi ao Ministério do Reino em 21 de Outubro de 1845, mandando, publicar no Diário do Governo de 30 do mesmo mês e ano – Entretanto tenho continuado a empregar os meios, que podem produzir economias, e parece-me poder afiançar, que a Conta, que eu gouver de dar este ano da administração da Imprensa Nacional não deixara de mostrar um resultado tão satisfatório como o que consegui em 1845. (…)
Lisboa e Administração Geral da Imprensa Nacional em 20 de Junho de 1846. Ill.mo e Ex.mo Snr. Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino.
O Administrador Geral”
(pp. De documento 117)