O novo catálogo de tipos na imprensa brasileira.

  • Referência
    «Fundição de Tipos da Imprensa Nacional», A Federação. Folha Industrial dedicada às classes operarias, n.º 14, de 6 de outubro de 1860, p. 53.
Assunto

Referências à qualidade do catálogo de tipos da Imprensa Nacional na imprensa brasileira.

Ficha

«Os constantes esforços empregados pela administração geral da Imprensa Nacional para elevar a fundição de tipos a par dos primeiros estabelecimentos do seu género, com o fim não só de satisfazer pelo lado da perfeição, rapidez e barateza dos seus produtos às necessidades do mercado nacional, mas ainda de ir lutar leal e vantajosamente nos mercados do Brasil com os produtos dos outros países, vão sendo coroados dos melhores resultados.
Todos sabem quanto é difícil a um novo concorrente insinuar-se e obter vantagens rápidas num mercado costumado por muitos anos a certos fornecedores; todavia desde que o nosso specimen apareceu no Brasil já de diversos pontos daquele vasto e florescente império têm vindo diferentes e valiosas encomendas que hão sido satisfeitas com a maior rapidez, perfeição e muito a contento dos tipógrafos brasileiros.
Como prova do que deixámos dito, e para satisfação de todos que presam as vantagens e glórias da nossa pátria, transcrevemos do Jornal da Baía, de 9 de Agosto do corrente ano, um artigo que a redacção daquele jornal publicou:
‘Imprensa Nacional de Lisboa — Este estabelecimento de fundição de tipos tem-se ultimamente distinguido entre os demais da Europa, não só pela consistência do material que emprega para o tipo, como pela perfeição e bom gosto dos moldes, e ainda mais — pela modicidade dos preços e pela facilidade que oferece, aceitando em troca do tipo novo que manda, tipo já servido e inutilizado, por preço superior ao maior que aqui se pode obter.’
‘Além destas vantagens que proporciona a Imprensa Nacional de Lisboa, cuja administração está confiada há muitos anos ao inteligente, activo e probo sr. Marecos, os compradores encontram incomparável exactidão na remessa das encomendas, que vem sortidas completamente segundo as necessidades do nosso idioma, com as letras de acentos, o til, a cedilha, etc., o que não acontece nunca nas encomendas que se recebem de França, de Inglaterra ou dos Estados Unidos; acrescendo que destes países vem em grande quantidade, por exemplo, o W, o ï e outras sortes que entram muito nas palavras inglesas ou francesas, mas que para nós são desnecessárias, ao passo que nos faltam outras que do mesmo modo entram no nosso idioma na maior parte das palavras.’
‘Suscitou-nos esta notícia uma encomenda que acabámos de receber de tipo magnífico da Imprensa Nacional de Lisboa.’»