Detalhes de documento

  • Arquivo
    INCM/Arquivo Histórico da Imprensa Nacional
  • Cota
    n/a
  • Tipo de documento
    338
  • De:
  • Para:
Transcrição

«Que sobre a reclamação apresentada pela direção da Companhia Carris de Ferro relativamente à imperfeição de um trabalho mandado executar nas oficinas da Imprensa, e depois de terem sido ouvidos o mestre da Escola Tipográfica e o chefe da oficina de impressão, além de vários impressores, recaíram a seguinte informação e subsequente despacho:

Tendo dado origem ao lamentável erro na impressão da numeração dos bilhetes encomendados pela Companhia Carris de Ferro o facto do impressor respetivo haver avocado a si o trabalho das rubricas, que lhe não competia, mas que poderia entretanto ter executado, sem que deixasse de enviar provas à Revisão e à Escola Tipográfica, julgo conveniente determinar, a fim de evitar casos idênticos, que, de futuro, todos os trabalho de emendas e rubricas a executar na oficina de impressão sejam exclusivamente desempenhados pelo pessoal da oficina de composição, sob pena de procedimento severo para os que derem origem a prejuízos. Deverá, além disso, recomendar-se aos chefes de secção da oficina tipográfica, o maior cuidado em não darem trabalhos para abonar sem que as respetivas provas tenham sido cuidadosamente emendadas. Também se me afigura justo que a fatura a enviar à Companhia Carris de Ferro não inclua a importância das rubricas e da respetiva impressão. […] 7 de janeiro de 1926 […].

Conformo-me com o parecer da Inspeção das Oficinas. Deverá, de facto, recomendar-se ao pessoal das oficinas de composição e impressão o maior cuidado em todos os trabalhos, a fim de não só se evitarem prejuízos como o de agora, mas outros que ultimamente se têm dado, e que, traduzindo falta de atenção na execução dos vários serviços, representam para a Imprensa e para o bom crédito artístico de que o Estabelecimento tem gozado, e que importa manter sempre, um grande dano. A reimpressão completa de uma folha do volume Zara – coincidindo com o erro da impressão dos bilhetes encomendados pela Companhia Carris de Ferro – e que a Imprensa se viu também obrigada, ainda por virtude da falta de cuidado do respetivo pessoal, vem igualmente em reforço da recomendação, que se torna instante repetir ao pessoal, para que durante o tempo de trabalho se aplique exclusivamente ao aperfeiçoamento da produção. Quanto à parte final da informação da Inspeção das Oficinas, não sendo evidentemente justo que o cliente pague erros que outros cometeram, sou forçado a conformar-me da mesma maneira com a proposta feita. Mas deverá o prejuízo, e visto que estou convencido de que nenhum propósito malévolo houve, ser repartido […]»