Detalhes de documento

  • Arquivo
    INCM/Arquivo Histórico da Imprensa Nacional
  • Cota
    s.c.
  • Tipo de documento
    Ofício
  • De:
    Administrador Geral
  • Para:
    Ministério do Reino
Transcrição

“(…) Nos armazéns da Imprensa Nacional há uma grande porção de cartas de jogar, que por muito antigas algumas, e outras por serem de mau cartão, ou em papel colado, com que já se não usa, não são vendáveis pelos preços com que estão lançadas no respectivos livros de escrituração deste estabelecimento, seguindo-se daqui o inconveniente de se danificarem de maneira que em breve tempo não terão valor algum. Ora pelas mesmas atribuições como Administrador Geral desta Casa, julgar-me-ia eu autorizado de anunciar um leilão de venda das ditas cartas, pelo maior preço a que pudessem chegar, não houvesse a lei do selo que proibe sua venda sem serem previamente selados; mas em consequência desta lei eu não posso fazê-lo sem pedir licença a V. E.; lembrando-me uma maneira de salvar inteiramente a responsabilidade desta Casam pelas cartas que assim se venderem em leilão, e é obrigar os compradores a assinar um termo no leilão compete da Contadoria da Imprensa Nacional pelo qual se responsabilizem a não jogar com elas, nem os vender para este fim (…) Os comissários da Imprensa Nacional, das províncias e ilhas vendem cartas aqui feitas, recebem-nos sem selo, e obrigam-se como deixo dito a fazê-los selar antes de as venderem, cumprindo aos fiscais deste tributo vigiar pela sua execução; Demais uma grande parte destas cartas são pela sua antiguidade e outras más qualidades impróprias para jogar, e só poderão ser compradas para outro uso.

Queira pois V. E. tomar este objecto em sua judiciosa consideração, dignando-se de me ordenar o que tiver por conveniente com a possível brevidade.

(…) 7 de Junho de 1848

Ill.no e E.mo Sr. Duque de Saldanha. M e Secr. De Estado dos Negócios do Reino.

Administrador Geral

F. A. P. M.”

(documento 248 A)