“(…) No princípio do mês de Outubro último tive a honra de remeter a V. Ex.ª a conta de réis 608.333 da despesa feita pelo cofre desta Administração com os impressos para o Ministério do Reino na conformidade das ordens que recebi de V. Ex.ª no mês de Setembro antecedente, pedindo por essa ocasiã a V. Ex.ª que a mandasse pagar com a possível brevidade, porque as circunstâncias da Imprensa Nacional não permitiam a demora do pagamento do que se lhe deve, e que doutro modo não poderia eu estar habilitado a satisfazer a outras ordens que semelhantemente recebesse de V. Ex.ª. Em 4 do corrente mês remete a conta da despesa com impressos para o dito Ministério no mês de Outubro, na importância de 156.971 réis, fazendo igual rogativa debitar [?] pagemento; porém infelizmente são hoje 17 de Novembro e ainda não recebi nenhuma destas quantias, o que tem causado grave transtorno, não só ao pagamento das férias dos miseros operários, como dos fornecedores de papel, e demais objectos necessários a uma oficina tipográfica. Vou pois rogar a V. Ex.ª que atendendo ao estado desta Casa, que por ora se acha muito endividada, e que se não receber regularmente, o produto de seu trabalho não poderá subsistir, se digne orgenar que na próxima relação dos pagamentos a cargo do Ministério do Reino, para cujo fi,m se requisitam mensalmente do Tesouro os necessários fundos, seja incluída a quantia em divida à Imprensa Nacional. Espero que V. Ex.ª deferirá à minha justa representação, e nesta firme hipõtese conto com os meios de me tirar do apuro e compremetimento que me acho. (…) Lisboa 17 de Novembro de 1845 .= Ill.mo e Ex.mo Snr., Conde de Tomar .= O Administrador Geral F.A.P. Marecos.” (pp. 159-160)