Detalhes de documento

  • Arquivo
    INCM/Arquivo Histórico da Imprensa Nacional
  • Cota
    Docs. Do Gab. do Adm. Bebiano (1929-1955), cx. 1
  • Tipo de documento
    Ofício n.º 1 696 (cópia
  • De:
    Administrador da Imprensa Nacional, Gomes Bebiano
  • Para:
    Diretor Geral da Contabilidade Pública
Transcrição

«Tenho a honra de informar, prestando assim os esclarecimentos por V. Ex.ª pedidos, que no projeto de orçamento da despesa da Imprensa Nacional em 1939 foram incluídos 400 contos para aquisição de maquinismos, aparelhos e utensílios pela necessidade de se modernizarem os maquinismos, alguns dos quais têm mais de 70 anos de serviço.»
«Passada minuciosa revista ao apetrechamento de todas as oficinas reconheceu-se que a Imprensa Nacional ficará em condições de trabalhar com muito maior rapidez e mais economicamente depois de adquirir novo material de utilização permanente, cujo custo orça porém por 2000 contos, verba assaz elevada para ser despendida por uma só vez, e por isso houve o propósito de a distribuir também pelos anos imediatos, adquirindo-se em 1939 apenas o mais urgente.
O material preciso na Imprensa Nacional destina-se às sete oficinas que em seguida se mencionam:
Oficina de Impressão – É uma das mais necessitadas. Tem ainda em funcionamento duas máquinas Alauset, construídas em 1867, e duas Marinoni, que datam de 1878. Estas máquinas, já bastante gastas pelo contínuo serviço que têm prestado sem nenhum dos modernos aperfeiçoamentos, oferecem um rendimento muito reduzido. A sua substituição impõe-se. Precisa também esta oficina de mais dois marginadores automáticos.
Oficina de Encadernação e Brochura – Precisa de uma máquina de coser livros, indispensável para aprontar com urgência pequenos volumes, de uma guilhotina, de uma cisália [sic/cisalha?], de uma máquina de dobrar, de um marginador automático adaptável a maquinismos deste género e de diversos utensílios para dourar.
Oficina de Litografia – Tem necessidade de uma máquina de offset, de um granidor, de uma prensa e de um moinho elétrico para tintas. Este moinho é dos utensílios mais urgentes pela grande economia que representa o aproveitamento dos restos das tintas contidas nas latas, os quais têm de se deitar fora quando não haja moinho apropriado.
Oficina de Gravura – Falta-lhe uma fraise, uma máquina de aplainar, uma tournette com aquecimento elétrico e uma máquina fotográfica.
Oficina do Alçado – Carece de cortante s para sobrescritos.
Oficina de Fundição de Tipos – Tem precisão de uma máquina para cortar espaços.
Oficina de Composição – Necessita de dois cortantes chanfradores.
Com a verba de 400 contos proposta já muito poderá aumentar a produção de Imprensa Nacional, sobretudo na parte referente à impressão, à qual se deve impor maior rapidez.»