Detalhes de documento

  • Arquivo
    INCM/Arquivo Histórico da Imprensa Nacional
  • Cota
    s.c.
  • Tipo de documento
    Ofício
  • De:
    Administrador Geral
  • Para:
    Ministério do Reino
Transcrição

“(…) Em cumprimento do ofício de V. E. de 22 de Dezembro último passei a examinar a casa onde se acha estabelecida a litografia da Academia das Belas Artes, próxima ao arco da Rua Augusta, e vi que a parte da mesma casa que se designava para a loja da venda de impressos a Imprensa Nacional é insuficiente acanhada e escura. Se toda a casa fosse cedida poderia servir, mudando-se a litografia para a Acadamia das Belas Artes, onde ela devia estar, a julgar-se necessária, o que me não parece, pelas razões que tive a honra de expor a V. E.ª no meu ofício de 13 de Dezembro último.
§Em consequência do ofício de V. E. de 29 do mês próximo passado fui ver as lojas nº 19 a 22 do Edificio da Boa Hora, nos quais se recolhem as Bombas dos incendios, e conheci que não convém para ali se estabelecer a loja de venda dos impressos desta Casa, porque sendo de abóbada e extremamente húmida, por estarem debaixo daquele monte da rua de S. Franciscco [?] fariam apodrecer os papéis.
Permita-me V. E. qu eu insista porque se me dê a loja por baixo da Secretaria da Justiça, em que está uma imunda cavalariça, indecente e incómoda naquele lugar, por onde passam continuadamente altos empregados e outros personagens, que vão tratar negócios nas Repartições Públicas daquele Edifício. Os cavalos dos correios que ali se recolhem podem recolher-se numa grande cavalariça próxima à Guarda principal[?], que acomoda mais de trinta cavalos, e que mesmo em ocasiões de crise políticas, quando aquela cavalariça é destinada para os cavalos do destacamento de cavalaria que se contumam ali colocar, poderá também recolher três ou quatro cavalos dos correios, porque a destacamento é do oficial subalterno em força de 18 a vinte cavalos. E se em tais crises houvesse muito inconveniente lá está a cavalariça dos Correios dos Ministérios da Marinha e Fazenda, na arcada do poente da Praça do Terreiro do Paço, onde poderiam meter-se os cavalos dos correios dos outros Ministérios.
Espero pois que V. E. dê conhecimento do que deixo dito ao nosso E.mo Ministro, e que se passem as ordens para ser despejada a loja de que se trata, e que é convinientissima por muitas circunstâncias, para armazém de venda dos impressos da Imprensa Nacional.

(…) 11 de Fevereiro de 1853
Ill.mo e E.mo Sr. Conselheiro Joaquim José Ferreira Pinto da [?] Teles.

O Administrador Geral
F. “