«Em ofício de 2 de junho corrente foi-me por V. Ex.ª determinado, de ordem de S. Ex.ª o Sr. Ministro dos Negócios da Instrução Pública e Belas Artes, que informasse sobre os requerimentos que o acompanhava e ora devolvo, em que o Sr. Carlos Augusto da Silva Campos pede, que nos termos da lei de 27 de novembro de 1879, o Almanach Commercial de Lisboa, de que é autor, seja impresso neste estabelecimento e à custa do Estado.
A utilidade da publicação anual e regular de um livro da índole do Almanach Commercial não pode contestar-se, e tanta maior será quanto mais rigoroso e acertado for o método de coordenação, e mais copiosas e exatas as informações e esclarecimentos que abranger. Em todos os países civilizados existem publicações semelhantes, e alguns conhecemos, como, por exemplo, a Espanha e o Brasil, que lhes dá o caráter oficial como séria garantia da sua maior correção.
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É do meu dever, todavia, ponderar que a impressão do Almanach Commercial, cuja execução tipográfica, embora não luxuosa, deve corresponder à sua importância e destino, será necessariamente assaz dispendiosa; […]»