Encontro de industriais gráficos sobre o estado do setor.

  • Referência
    «Industriais gráficos em mesa-redonda preconizam a reconversão do sector e o fomento de exportação», Diário Popular, de 27 de outubro de 1975.
Assunto

Mesa redonda que reuniu vários setores da indústria gráfica para discutir os principais desafios do setor, designadamente o atraso da tecnologia de impressão e a ausência de planeamento.

Ficha

«Ainda que um tanto incompletamente (a agenda era extensa e, logo, demasiado ambiciosa), pode dizer-se, mesmo assim, que em mesa redonda, realizada na sexta-feira, foram dissecados os problemas da indústria gráfica do País e prospetivadas [sic] (algumas) soluções para debelar a crise atual. […]
A iniciativa partiu da Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel e, para além dos seus membros, assistiram representantes dos ministérios do Trabalho, da Indústria e Tecnologia, da Secretaria de Estado do Planeamento e, ainda, de representantes do Sindicato dos Trabalhadores das Artes Gráficas de Coimbra, do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, do Fundo de Fomento da Exportação e da Imprensa Nacional (ausente, por motivos explicados a representação do Ministério da Comunicação Social e dos Sindicatos Gráficos e de Cartonagem).
O primeiro ponto da agenda estava ligado à análise da situação económica das empresas do ramo e foi no concernente a este capítulo que incidiu um esforço de apreciação, na sequência, aliás, de amplo e recente inquérito lançado às unidades do setor. Foi à base dos resultados deste inquérito, reportados ao mês transato, que se centraram as diferentes intervenções: apenas 6 por cento das empresas gráficas tinha uma carteira de encomendas normal, sendo portanto de 94 por cento as que tinham pouco ou muito pouco trabalho […].
Era demarcado, também, o atraso tecnológico do ramo da impressão em relação aos níveis europeus, quando das empresas existentes 76 por cento cabem à tipografia e apenas 25 por cento ao offset (a Europa taxou o mesmo nível, respetivamente, em 60 e 40 por cento). […]»