Advogado e professor, natural de Seia. Republicano e maçon, foi eleito deputado em 1900.
Após a implantação da República, em 1910, foi Ministro da Justiça do Governo Provisório. Em março de 1911 publicou na Imprensa Nacional a obra Estudos da Economia Nacional. O Problema da Emigração, cuja execução mereceu louvores aos funcionários.
Líder do Partido Republicano Português (depois designado Partido Democrático), foi Ministro das Finanças em 1913 e Presidente do Ministério em 1913-1914, 1916 e 1917. Protagonizou grande parte da reforma legislativa da Primeira República.
Entre 1912 e 1915, a Imprensa Nacional promoveu uma série de conferências públicas destinadas à divulgação do conhecimento científico e artístico, contando com a participação de Afonso Costa que, segundo registos da época, reuniu mais de 3000 pessoas na sua conferência sobre «Catolicismo e Socialismo», realizada em 26 de janeiro de 1913.
Tanto quanto se sabe, manteve uma relação de confiança com o Diretor-Geral da Imprensa Nacional, Luís Derouet que, no contexto da ditadura de Pimenta de Castro (de quem Afonso Costa foi acérrimo opositor) seria mesmo acusado de lhe transmitir informações sobre o Diário do Governo.
Após a Grande Guerra e o regresso da «Nova República Velha» afastou-se da vida governativa, mantendo atividade diplomática na Conferência de Paz e na Sociedade das Nações. Após o golpe militar de 28 de maio de 1926, que impôs a Ditadura Militar, integrou a Liga da Defesa da República, no exílio em Paris.