“Para o Ministro do Reino

(…) A reimpressão de alguns dos nossos melhores clássicos, que se tem tornado raros, e que em breve será muito dificil encontrar, é uma (…) necessidade, que não carece ser demonstrado – Não só para prestar este útil serviço à nossa literatura como para ocupar alguns operários, a quem em diferentes intervalos chega a faltar que fazer, quisera eu empreender algumas destas impressões; mas para que este trabalho se acabe com a necessária perfeição é necessário que alguma pessoas habilitada com os competentes conhecimentos a coadjuve na sua execução. Este auxílio de tão grande utilidade publica, pode decerto obter-se sem uma nova despesa; por que o Governo está pagando a alguns individuos, que poderiam prestar este serviço. Nestas circunstâncias e como distintamente habil lembro-me indicar a V. Ex.ª o Bacharel António Feliciano de Castilho, que pelo seu grande amor pelas letras aceitaria com gosto esta comissão, se por V. Ex.ª fosse dela encarregado e que pelos seus vastos conhecimentos e zelo a desempenharia dignamente. – Não é sem o ter consultado, que eu emito esta opinião . V. Ex.ª se servirá a este respeito resolver o que houver por mais conveniente. (…) Lisboa etc. 27 de Agosto de 1842. Ill.mo e Ex.mo Snr. António Bernardo da Costa Cabral = O Administrador Geral J. F. P. Marecos” (pp. 69 v. – 70)