“(…) Devolvendo todos os papéis que me foram remetidos com as Portarias do Ministério do Reino de 11 e 12 do corrente a respeito da divida desta Casa aos herdeiros de António Nicolau Afonso Redondo, cumpre-me dizer a V. E. que quando se instalou a acção, por parte de um dos ditos herdeiros contra a Imprensa Nacional pedindo-lhe a quantia de rs. 1:280.800, que lhe coubera na dívida de 2:561.620 réis porque esta Casa era responsável aquela herança, dei eu parte a V. E.a desta desagradável ocorrência, como se vê da inclusa cópia do meu oficio de 28 de Outubro do ano próximo passado. É verdade que a Imprensa Naconal deve à herança de António Nicolau Afonso Redondo a quantia de reis 2:561.620 pelo fornecimento que fizera de papel para esta Casa. A respectiva conta acha-se competentemente escriturada nos livros da Imprensa Nacional, e por isso não deve nem pode ser contestada. Esta divida é anterior à minha administração, mas eu tê-la-ia pago, como tenho feito a muitos outros, se tivesse meios; e assim me teria poupado ao desgosto que me causou o procedimentos do herdeiro Domingos José Baptista, que infelizmente pode ser seguido pelos demais herdeiros.
De novo pois chamo à atenção de V. E. para o que tive a honra de expor no meu oficio, que remeto por copia, para evitar que se deem casos semelhantes, que comprometem o crédito de uma Repartição do Estado.

(…) 19 de Fevereiro 1851. Ill.mo e E.mo Sr. Conde de Tomar. Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino.” (nº 16)