«Il.mo e Ex.mo Snr. = Sendo presente ao príncipe regente nosso Senhor a representação que V. Ex.ª me dirigiu em data de 6 de dezembro de 1810 com os mapas da receita e despesa da Impressão Régia e Real Fábrica das Cartas de jogar nos meses de outubro e novembro do mesmo ano sobre a grande diminuição que experimenta a Real Fazenda no rendimento das cartas de jogar que se remetem para as capitanias deste Estado do Brasil, principalmente na Cidade da Baía, aonde não só elas entram com toda a facilidade por contrabando, mas também pelas que ali se fabrica, e se vendem impunemente, por indivíduos a quem não compete esta extração, contra o que se acha determinado pelas Reais ordens fazendo-se por isso indispensável suscitar-se a inteira observância dos privilégios concedidos ao respetivos Administradores por ser o meio mais eficaz para coibir semelhante prevaricação: foi o mesmo Senhor servido mandar expedir as ordens necessárias a todos os Capitães Generais e mais Governadores para que ponham toda a vigilância e cuidado sobre este objeto, procedendo-se contra os que fabricarem, introduzirem, ou venderem cartas de jogar não estando para isso autorizados em o rigor que as leis prescrevem, e para que guardem, e façam [?] guardar todos os privilégios que se acham concedidos às pessoas encarregadas desta Administração = o que de ordem de Sua Alteza Real participo a V. Ex.ª para sua inteligência. […] Palácio do Rio de Janeiro em 3 de abril de 1811. = Conde de Aguiar = Snr. Conde do Redondo. »