“Tenho a honra de levar ao conhecimento de V. Exa. O seguinte ofício nº 18/A de 22 de Maio último, da Imprensa Nacional de Lisboa:
«Durante muito anos, a Imprensa Nacional, esteve sempre em condições de poder executar, com a necessária pontualidade, os trabalhos de encadernação que lhe eram encomendados pelos diversos serviços públicos.
Em determinada altura, porém, devido ao considerável aumento de tais trabalhos, muitos dos quais tinham de ser ultimados em prazos certos e relativamente curtos, viu-se a respectiva oficina obrigada a demorar a sua execução, o que causou, por vezes, justificados reparos.
Nestas condições e porque a indústria privada da especialidade estava, então, a braços com grave crise de trabalho, causa de sérias preocupações, deixaram de ser aceites por este Estabelecimento algumas das muitas encomendas nele recebidas.
Sucede, todavia, que, presentemente, a situação é assaz diferente: não só já não existe a apontada crise verificada na indústria privada, como a Imprensa Nacional, graças à oficina de encadernação, que funciona no seu Anexo, sito na Rua da Rosa nº 285, desta cidade, está em condições de mercê da remodelação na mesma operada, aceitar trabalhos cuja execução até há pouco era obrigada a rejeitar.
Não se trata – note-se bem – de passar para a oficina de encadernação do referido Anexo trabalhos até aqui confiados à oficina do Estabelecimento propriamente dito, mas tão somente de trazer para aquele serviços novos e de que até agora era impossível tomar conta.
Pelo exposto, tenho, pois, a honra de solicitar de V. Exa. Se digne, desde que assim o entenda, dar do facto para, no caso de o desejarem, e dentro do condicionalismo apontado, remeterem directamente os seus pedidos ao Anexo da Imprensa Nacional, que, como se salientou, funciona na Rua da Rosa nº 285 desta cidade.»
A Bem da Nação.
Secretaria-Geral, em 5 de Julho de 1967.
O Secretário-Geral.”