Novelas do Minho é um conjunto de oito novelas, escritas por Camilo Castelo Branco entre 1875 e 1877, ou seja, numa fase de maturidade intelectual do escritor.
Sob um título genérico Novelas do Minho, as oito novelas têm dimensões desiguais. Umas podem designar-se de novelas, outras serão, diriamos, contos mais alongados. Camilo designou-as de «biografias enoveladas», mas o certo é que constituem um marco na produção literária de camiliana.
Estas «novelas» foram editadas, pela primeira vez, pela Livraria Editora Mattos Moreira, em doze pequenos fascículos de distribuição mensal.
«Gracejos Que Matam», «O Comendador», «O Cego de Landim», «A Morgada de Romariz», «O Filho Natural», «Maria Moisés», «O Degredado» e «A Viúva do Enforcado», os oito títulos que compoem estas «biografias enoveladas», mais do que um retrato minhoto são a descrição do Portugal contemporâneo a Camilo, que o dá a conhecer brilhantemente num registo realista, satírico e crítico, onde o bucolismo idílico cede o lugar à dura realidade.
Para muitos, Novelas do Minho, podem considerar-se como a incursão que Camilo faz pelos registos da escola realista.
A melhor arte da novela breve, recapitulação e reafirmação do mundo de Camilo: ou a mais acessível colectânea de comprovantes de que o romanesco camiliano não é propriamente minhoto.
Abel Barros Baptista
Em jeito de folhetim, ao gosto de Camilo, iremos disponibilizar no nosso sítio de Internet (www.incm.pt), todas as terças-feiras, uma destas novelas. Hoje fica disponível:
Este volume da «Edição Crítica de Camilo Castelo Branco» tem edição de Ivo Castro e de Carlota Pimenta.
Boas leituras!