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Edição Nacional | Temos de falar de Beckett

Edição Nacional Jorge Reis-Sá

Mau era que usasse as crónicas para falar do que edito. Talvez o tenha feito uma ou outra vez, mas sempre condicionado por algo mais genérico e que lhe dava sentido. As coisas que vamos fazendo ou são notadas por quem as vê e lê ou ficam onde devem: na nossa história de editor. E chega.

Mas há dias apresentou-se o «Teatro Completo» de Samuel Beckett. E eu não o editei, se bem que seja mais meu do que tantos outros onde tive responsabilidade direta. Há uma história por trás deste livro que talvez faça sentido deixar aqui escrita.

Era talvez 2006. E eu vivia em Famalicão, editando solitariamente, desde há dois anos, as Quasi. Talvez tenha sido por causa de termos feito com as Visões Úteis (Ah! Catarina Martins, quem diria!) o «Aquela Vez e Outros Textos», com traduções do Luís Miguel Cintra; talvez tenha sido em conversa com o Jorge Silva Melo, com quem iria fazer, por exemplo, o «War» do Harold Pinter poucos meses antes deste ganhar o Nobel; talvez apenas porque Beckett é Beckett — lembrei-me de editar o seu «Teatro Completo». Dito e feito. Ou quasi.

Depois de comprar os direitos a três agentes (quem manda a Beckett ser bilingue?), a segunda dificuldade foi com a Cotovia. O saudoso André Jorge, do alto do seu também saudoso e reconhecido feitio, disse bem alto e em bom som que o «Godot» não entraria. Ainda o visitei em Lisboa, mas nada feito. Seria, por isso, «Teatro». Achei que faria sentido usar traduções históricas (do citado Cintra, por exemplo) e convidar gente mais nova para traduzir o restante (Rui Lage, Vasco Gato, Margarida Vale de Gato, entre outros.) E nem tudo era mau — talvez tenha sido o João Pereira Coutinho quem me falou do Carlos Quevedo e das suas encenações com traduções de Miguel Esteves Cardoso. Só não sabia este último onde elas andavam. Mas Graça Lobo tinha-as em papel e eu visitei-a na Praça das Flores para um café e umas fotocópias. Tudo — mesmo não esperando o «Godot» — parecia ir cumprir-se.

A terceira dificuldade foi insuperável. As Quasi fecharam. «Erros meus, má fortuna, amor ardente», como costumo dizer. E os direitos reverteram automaticamente aos agentes. Estava o «Teatro» paginado e revisto pela Madalena Alfaia. E assim ficou, anos e anos.

Na Babel foi impossível retomar o trabalho. A Cotovia mostrou interesse, já pela mão da querida Fernanda Mira Barros, mas o futuro também demonstraria ser impossível a edição onde talvez tivesse feito sentido desde o começo. Foi então que o Duarte Azinheira disse que, não havendo quem o editasse e ainda para mais estando pronto, a Imprensa Nacional o faria. Era — é — a definição do caráter supletivo da Imprensa. Todo o sentido, parecia-me.

Foi com surpresa que recebi um email de uma menina de nome Beatriz Morais. Trabalhava nas Edições 70, tinha colaboradora a seu tempo com a Cotovia e sabia da edição de que se continuava à espera — compreensivelmente, dir-se-ia. Convencera as Edições 70 da bondade do livro e queria fazê-lo. Quem diria?

Disse o Jorge que sim, como disseram todos os tradutores, a Madalena e até o Mário Azevedo, que o diagramara há mais de dez anos e que tinha o ficheiro editável. E tudo pareceu tão simples.

Há dias, o Pedro Mexia apresentou o livro na lindíssima Almedina do Rato. O Jorge Silva Melo disse umas palavras sempre sábias, a Margarida Vale de Gato falou da sua tradução do «Dias Felizes». A Beatriz deu-me o privilégio de acompanhar a edição, falando novamente com quem tinha comigo colaborado. E eu sentei-me na mesa para ver um sonho cumprido — Beckett, todo o seu teatro, em português. O «livro impossível», como disse Silva Melo por causa das diferenças nas versões inglesas e francesas, ambas da responsabilidade do autor, e que fazem da edição portuguesa um objeto que poderia ser outro, fossem outras as versões usadas para verter o texto para português. Mas também o «livro que parecia impossível» — porque aqui está, feito.

Moral da história? Às vezes vale a pena esperar.

Ou será sempre?

 

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