Recordações de momentos de vida do escritor, crítico literário e ensaísta guardense João Bigotte Chorão, que, no seguimento da sua anterior edição diarística, de novo nos vem apresentar uma vasta coleção de escritos íntimos que foi traçando de 2000 a 2015.
Em pouco mais de trezentas páginas, o autor leva-nos à descoberta do seu universo cultural e a tudo aquilo que o entusiasma, comove, e até ao que muito o mortifica.
Folheando, de modo aleatório, este livro, deparamos com a evocação de grandes escritores com quem partilha afinidades e incorpora influências, percursos geográficos que lhe são familiares e aos quais volta amiúde – «… Olho a serra ao entardecer e algum do meu tumulto interior se pacifica…» – e tantas outras reflexões tecidas da primeira à última página. Escrita intimista, como o é toda a escrita diarística, João Bigotte Chorão, apresenta-nos um arquivo de memórias que por sua vontade resistem ao esquecimento.
Diz-nos o autor, referindo-se à sua anterior publicação, Diário Quase Completo, mas ilustrando bem a presente edição:
Escrevi e publiquei o meu testemunho. Espera-o o silêncio? Não importa: vivi o meu ofício de homem, pus por escrito o que pensei e senti, em liberdade interior.
LF
João Bigotte Chorão
Diário 2000-2015
2018
Aos leitores deste livro, recomendamos também a leitura do volume anterior, relativo ao período de 1958‑1999:

João Bigotte Chorão
Diário Quase Completo
[1958-1999]
2001
606 pp.