No Dia Mundial da Dança, que se assinala hoje, deixamos como sugestão a leitura de «O Essencial sobre Os Ballets Russes em Lisboa», onde Maria João Castro, nos dá a conhecer o furacão artístico que foi a passagem da companhia de Diaghilev pela capital portuguesa no inicio do século XX, cuja permanência, entre dezembro de 1917 e março de 1918 coincidiu com um dos períodos mais sombrios da sua história: em plena Primeira Guerra Mundial não havia espaço de manobra para a apresentação dos espetáculos da trupe russa na maior parte dos palcos da Europa. Os espetáculos na capital portuguesa ocorreram em condições difíceis: o golpe de Estado de Sidónio Pais e a consequente instabilidade política na capital fizeram adiar a estreia nacional e o público não estaria na melhor disposição para os acolher. No final da temporada lisboeta, a falta de contratos internacionais fez com que a companhia fosse forçada a arrastar a sua permanência em Lisboa, subsistindo em circunstâncias adversas.».
Sugerimos também a leitura de «O Essencial sobre a Companhia Nacional de Bailado», onde Mónica Guerreiro nos traça brilhantemente a história daquele que é o organismo de referência do bailado em Portugal: a Companhia Nacional de Bailado.

A Companhia Nacional de Bailado foi criada em 1977 e é o organismo português de referência em dança clássica. Além de apresentar as principais peças do cânone balético mundial, promove ativamente a atualização desta forma de arte, produzindo e encomendando coreografias contemporâneas. Sediada em Lisboa, é a única companhia estatal de dança no nosso país, com um corpo permanente de artistas que assegura as temporadas de espetáculos e inúmeras ações paralelas. Vale a pena conhecer as proezas e os segredos destes 40 anos de história — um repertório dançado que atravessa séculos, estilos e técnicas.
Boas leituras!