
Quinta-feira, 31 de Outubro, 18:30, na Biblioteca da Imprensa Nacional, os solistas da Metropolitana apresentam «De São Petersburgo a Paris», com entrada gratuita.
Nonna Manicheva, no violino, Joana Nunes, na viola e Nuno Abreu no violoncelo tocam:
A. Borodin Quarteto de Cordas N.º 2
L. de Freitas Branco Quarteto de Cordas
(violinista a anunciar).
Há duas condições que, estando reunidas, são meio caminho andado para os encantos da música de câmara despontarem com fulgor: a interpretação ao vivo e a singularidade do repertório. Resta então a vontade e o cuidado de quem toca e quem ouve. Sendo assim, adivinha-se aqui um momento muito especial da presente temporada dos Solistas da Metropolitana. Em dois fôlegos, somos transportados de um extremo ao outro da Europa num lapso de tempo em que os estilos musicais sofreram profundas mudanças, a transição do século XIX para o século XX.
Tudo começa com o quarteto de cordas que Alexander Borodin fez estrear no início de 1882 em São Petersburgo. Apesar de ter pertencido ao Grupo dos Cinco, que se distinguiu pelo cunho nacionalista, Borodin aproximou-se nos seus quartetos da tradição clássica germânica. No Scherzo deste segundo quarteto não escondeu o apreço que tinha por Mendelssohn. Já a generosidade melódica do Notturno é genuinamente russa. Será, provavelmente, a sua criação mais célebre.
Viajamos depois até Lisboa, se bem que inspirados em Paris. Terá sido nesta cidade que Luís de Freitas Branco iniciou a composição do seu único quarteto de cordas, quando em 1911, aos vinte anos de idade, ali conheceu Debussy, cuja ópera Pelléas et Mélisande o impressionara alguns meses antes, em Berlim. A depuração tímbrica e harmónica que se estende ao longo dos quatro andamentos é testemunho desse encontro. É uma partitura marcante no catálogo do compositor português.
in www.metropolitana.pt
De São Petersburgo a Paris
ENTRADA LIVRE
BIBLIOTECA DA
IMPRENSA NACIONAL
R. DA ESCOLA POLITÉCNICA, 135
1250-100
TEL: 213 945 700