Comemorou-se, ontem, dia 1 de julho, o Dia Mundial das Bibliotecas, assim, nada melhor do que evocarmos uma das mais bonitas bibliotecas da cidade de Lisboa: a centenária Biblioteca da Imprensa Nacional.
Em pleno coração lisboeta, entre os bairros do Rato e do Príncipe Real, de portas abertas ao público para servir a cultura e os cidadãos, a Biblioteca da Imprensa Nacional é abrigo de cerca de 20 mil livros mas também palco de animados fins de tarde.
Quem passa pelo nr.º 135 da Rua da Escola Politécnica, ao final do dia, pode ali assistir a vários recitais, numa base quase mensal, da temporada de música de câmara da Orquestra Metropolitana. A Biblioteca da Imprensa Nacional é também cenário de inúmeras leituras encenadas (para miúdos e graúdos) dinamizadas pelos atores do Teatro Nacional D. Maria II e também pelos atores da companhia Artistas Unidos.
Biblioteca pública serve ainda de espaço a múltiplas apresentações de livros, conferências, clubes de leitores e exposições. Feitas as contas são cerca de 50 os eventos que anualmente ali decorem.
Aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, a Biblioteca da Imprensa Nacional é a fiel guardiã de um acerco que conta com cerca de 20 mil livros, de onde se destacam os incunábulos e as primeiras edições da Imprensa Régia.
Nos incunábulos, temos a enciclopédia Etymologiae, de Izidoro de Sevilha, de 1472, e duas obras religiosas: a Summa de viciis, de Guilelmus Paraldus, de 1475, e a Precordiale Sacerdotum, de Jacobus Philippi, de 1489.
Das primeiras edições da Impressão Régia destaque para o Elogio Histórico de Benedicto XIV, pelo Marquez Caraccioli, para o Plano dos Estudos para a Congregação dos religiosos da Ordem Terceira de S. Francisco do Reino de Portugal, para a Dissertação Crítica, Histórica e Litúrgica sobre a nota do Preladon Nicolao Antonelli ao antigo Missal Romano Monastico Lateranense […], por Joaquim de Santa Ana, ou ainda para a Collecção dos melhores Sermões escolhidos, dos mais Célebres Pregadores, que de França, e Itália até agora tem chegado ao nosso Reino, assim dos já traduzidos, como dos novamente mudados de hum, e outro idioma para o nosso […], por Francisco de Santa Bárbara.
Quem visita a Biblioteca da Imprensa Nacional, outrora denominada «Biblioteca da Impressão Régia», poderá ainda consultar presencialmente ou virtualmente o jornal oficial do estado, onde é publicada a legislação nacional: o Diário da República.
Se ainda não conhece a bonita Biblioteca da Imprensa Nacional aproveite esta deixa para passar por lá. E, principalmente, aproveite para ler, porque ler faz bem à saúde e é um hábito a ser cultivado.
Imprensa Nacional sempre ao serviço da Cultura.