A Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) e o Camões, I. P., convidam-no a estar presente no lançamento da monografia Entender o Lugar, de Raúl Ramalho Chorão, que terá lugar no dia 20 de novembro, pelas 18 horas, no Auditório do Camões, I. P. (Rua Rodrigues Sampaio, 113, Lisboa).
A apresentação da obra será feita por Duarte Azinheira, Diretor Editorial e de Cultura da INCM.
A monografia Entender o Lugar apresenta o edifício da Embaixada de Portugal em Brasília, projetado pelo arquiteto português Raúl Ramalho Chorão e construído entre 1973 e 1978.
Com prefácio do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, textos de Jorge Figueira e de Luciano Margotto, e ilustrado por ensaio fotográfico de Joana França.
A embaixada de Portugal em Brasília, projetada pelo arquiteto Raúl Chorão Ramalho, é um exemplo virtuoso do que significa, para Portugal e para os Portugueses, entender Brasília. Entendê-la como a cidade moderna resultante de um projeto visionário a que Jucelino Kubitschek soube conferir existência, através de uma aliança feliz com Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
Augusto Santos Silva, in «Prefácio»
Sobre Raúl Chorão Ramalho
Nasceu no Fundão, a 23 de fevereiro de 1914, e veio a falecer em Lisboa, a 9 de janeiro de 2002.
Frequentou o curso de arquitetura na Escola de Belas-Artes de Lisboa, transitando para a Escola de Belas-Artes do Porto, onde concluiu o curso em 1941. Apresentou-se ao Concurso para Obtenção do Diploma de Arquiteto em 1947, com o trabalho intitulado «Projecto dum Bairro para Pescadores».
Trabalhou nos serviços de urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, com Keil do Amaral, e na Direção-Geral dos Serviços de Urbanização do Ministério das Obras Públicas. Foi membro fundador do ICAT – Iniciativas Culturais, Arte e Técnica em 1946, tendo participado em várias edições da Exposição Geral de Artes Plásticas, em Lisboa (1946, 1947, 1948 e 1951). Participou no I Congresso Nacional de Arquitetura, realizado em 1948.
A partir de 1950 centra a sua atividade na arquitetura e abre um ateliê em parceria com Nuno Teotónio Pereira, Manuel Taínha, Manuel Alzina de Menezes e Bartolomeu da Costa Cabral. Ao longo da carreira, projetou diversas obras em Portugal, sendo de destacar a atividade desenvolvida na ilha da Madeira. Aí projetou a Central Hidroelétrica da Calheta (1948), a Capela das Angústias (1957), a Central Térmica do Funchal (1957), a Casa Bianchi (1959), o conjunto do Hotel da Quinta do Sol (1977), a Igreja do Imaculado Coração de Maria (1978) e o conjunto da Caixa de Previdência do Funchal (1992). Em Portugal continental, é de salientar o Centro Comercial do Restelo, Lisboa (1951-1956), classificado como Monumento de Interesse Público.
Para além da atividade desenvolvida em Portugal, projetou a Escola Comercial Pedro Nolasco em Macau (1963-1969) e a Embaixada de Portugal em Brasília (1973-1978), que inclui o projeto para a contígua Praça de Portugal.