É com sentido pesar que a Imprensa Nacional-Casa da Moeda toma conhecimento do falecimento, aos 73 anos de idade, de António Mega Ferreira, um dos mais multifacetados eruditos portugueses dos séculos xx e xxı, que se tornou conhecido da maioria dos portugueses como comissário da Expo 98, a exposição que pôs Lisboa no centro do mundo.
Pensador livre, homem do intelecto e da cultura, que amava a literatura, as artes plásticas, a música e o Sport Lisboa e Benfica, António Mega Ferreira foi jornalista, escritor, editor, poeta, tradutor, ensaísta, gestor cultural e era atualmente membro do Conselho Editorial da Imprensa Nacional-Casa da Moeda e diretor literário da coleção «Itálica», dedicada aos grandes clássicos da literatura italiana.
Escritor, estreou-se na Imprensa Nacional-Casa da Moeda com um livro dedicado à pintora Graça Morais, mas seguiram-se mais de uma trintena de livros — entre a ficção, o ensaio, a poesia, as biografias e os livros de crónicas e de viagens. Na Imprensa Nacional publicou ainda Papéis de Jornal — Crónicas 2003-2010 e na coleção «O Essencial sobre» são seus os títulos dedicados a D. Quixote, Dante Alighieri, Albert Camus e Marcel Proust.
Gestor cultural, esteve à frente da Parque Expo, do Oceanário de Lisboa, do Centro Cultural de Belém e da Metropolitana.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já lamentou a morte de António Mega Ferreira. Na nota que publicou esta manhã no site da Presidência da República, prestou-lhe homenagem referindo que António Mega Ferreira «foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura». Também o primeiro-ministro, António Costa, já reagiu à morte de António Mega Ferreira, homenageando o «notável jornalista e importante pensador e criador cultural» que «ficará para sempre como um dos grandes mentores da Lisboa contemporânea».
Sentidas condolências à família e amigos.