A 23 de setembro, celebraram-se os 200 anos da assinatura pelos Deputados Constituintes da nossa 1.ª Constituição, um marco importante da nossa História que definiu a nossa contemporaneidade.
A Academia Portuguesa de Artes Musicais MELLEO HARMONIA, em parceria com a Presidência do Conselho de Ministros, a Câmara Municipal de Lisboa, a Junta de Freguesia do Lumiar, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, o Museu Nacional do Traje, o Museu Nacional do Teatro e da Dança e a Paróquia do Lumiar, promovem a 3.ª edição do MÚSICA NO TERMO, inteiramente votado à celebração dos 200 anos da nossa 1.ª Constituição, com uma programação que se iniciou a 1 de outubro e que se prolonga até ao dia 3 de dezembro.
No âmbito deste Festival, a Biblioteca da Imprensa Nacional vai acolher no dia 18 de novembro, pelas 19 horas, o Quarteto de Cordas MELLEO HARMONIA. O concerto será precedido por uma conferência intitulada «Edição: importância estratégica na alvorada do constitucionalismo».
A importância estratégica da informação é, desde os primórdios da civilização, uma verdade inquestionável. Por essa razão, a invenção da
imprensa por Guttenberg, em pleno Renascimento, constituiu uma das mais revolucionárias criações humanas.
Conscientes da importância do controlo da informação, a maior parte das monarquias europeias prontamente criaram a figura jurídica do Privilégio de Impressão, que se estendeu por séculos, em certos casos num jogo de convivência pacífica com a própria existência da Imprensa Régia, quando foi o caso. Portugal não foi exceção. Em 1768 era criada a Impressão Régia ou Régia Oficina Tipográfica, cuja designação perduraria até à eclosão dos movimentos constitucionalistas.
A história da designação sancionada pelo poder governativo confunde-se com os acontecimentos das primeiras décadas do século xıx, um tempo de avanços e recuos de um sistema que vinha para ficar: o constitucionalismo liberal. Dele nos dará conta a especialista Inês Queiroz, fazendo-se acompanhar das sonoridades e harmonias de um tempo revolucionário e romântico, no qual, o indivíduo se assume como epicentro do pensamento.
Participam:
Inês Queiroz, oradora
Jenny Silvestre, apresentação
Quarteto de Cordas Melleo Harmonia
Ana Pereira, violino
José Pereira, violino
Joana Cipriano, viola
Nuno Abreu, violoncelo