De 2 de agosto a 24 de setembro de 2021 estão abertas as candidaturas à 5.ª edição do Prémio Literário Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa.
O concurso premeia trabalhos inéditos de grande qualidade no domínio da prosa literária, produzidos por cidadãos moçambicanos ou a residir em Moçambique há pelo menos 10 anos. Além de uma componente pecuniária, no valor de 5000 euros, contempla igualmente a publicação das obras distinguidas em cada edição.
O Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa foi criado, em 2017, pela Imprensa Nacional, dando corpo à sua missão de promoção e preservação da língua portuguesa e tendo em consideração a relevância de Eugénio Lisboa, enquanto cidadão e homem de cultura nascido em Moçambique.
O júri é composto pelo escritor Mbate Pedro, que o preside, pela professora universitária Sara Laisse e pela editora-chefe da Imprensa Nacional, Paula Mendes.
Nas edições anteriores foram distinguidos com o prémio os trabalhos: Mundo Grave, de Pedro Pereira Lopes, Saga d’Ouro, de Aurélio Furdela, A Ilha dos Mulatos, de Sérgio Simão Raimundo, e Marizza, de Mélio João Tinga.
O Prémio já atribuiu também várias menções honrosas: Bebi do Zambeze, de António Manna, Sonhos Manchados, Sonhos Vividos, de Agnaldo Bata, O homem que vivia fugindo de si, de Japone Matias Loudel Caetano Agostinho, O amor que há em ti, de Néusia de Larsane Abílio Pelembe, e Eva, de Léo Cote.
A decisão do júri será conhecida até 30 de novembro deste ano.
O regulamento pode ser consultado Aqui.
Eugénio Lisboa
Nasceu em Lourenço Marques, em 1930. Apesar da formação académica em Engenharia Eletrotécnica, manteve uma estreita ligação à cultura e à literatura, tendo abraçado a docência universitária em Literatura Portuguesa, a par da crítica literária e da produção ensaística. De entre os muitos cargos ocupados, destaca-se o seu papel como Presidente da Comissão Nacional da UNESCO, tendo também sido Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em Londres. É Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Nottingham e de Aveiro e Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Grande amigo de José Régio, é também um dos maiores especialistas no estudo da sua obra.