Skip to content
logo dark-logo logo dark-logo
  • Editora
  • Edições
  • Cultura
    • Notícias
    • Autores
    • Entrevistas
    • Opinião
    • Exposições
  • Digital
    • Livros em PDF
    • Audiolivros
    • Podcasts
    • Vídeos
    • Citações
    • Passatempos
  • Prémios
    • Prémios Literários
    • Prémio Jornalismo
    • Prémio de Arte
  • Infantojuvenil
  • História
  • Biblioteca
Search Icon Search Icon
Agenda Date Icon Date Icon Date Icon
Agenda Close
Calendário
Ver todos os eventos
Eventos
Agenda Image
01 Qui
«D — Coleção em Exposição» até 6 de março na Casa do Design, em Matosinhos
Qui, Out 09 -
Agenda Image
01 Qui
Apresentação do livro “O Essencial sobre José Saramago”
Qui, Out 09 -
Agenda Image
13 Sex
«A GLOBALIZAÇÃO DE ROSTO HUMANO» — Ciclo de Conferências
Sex, Mai 13 -
Agenda Image
18 Sáb
Workshop de Escrita Criativa «Meninos sonhadores inspirados por AZEREDO PERDIGÃO» (Loja INCM Porto)
Sáb, Jun 18 -
Agenda
Agenda Image
01 Thu
«D — Coleção em Exposição» até 6 de março na Casa do Design, em Matosinhos
Thu, Jan 01 -
Agenda Image
01 Thu
Apresentação do livro “O Essencial sobre José Saramago”
Thu, Jan 01 -
Agenda Image
13 Fri
«A GLOBALIZAÇÃO DE ROSTO HUMANO» — Ciclo de Conferências
Fri, May 13 -
Agenda Image
18 Sat
Workshop de Escrita Criativa «Meninos sonhadores inspirados por AZEREDO PERDIGÃO» (Loja INCM Porto)
Sat, Jun 18 -
Search Close Icon
left arrowVoltar atrás
  • Cultura
  • Opinião

«Do Intraduzível» na Edição Nacional, por Jorge Reis‑Sá

Edição Nacional Jorge Reis-Sá

Há para quem Philip Glass seja demasiado. Não por causa da modernidade (ou pós‑modernidade) que traz com ele, mas porque o estilo que cunhou («music in repetitive structures», ou, numa tradução livre, «música em estruturas repetitivas») provoca ansiedade. Não acho. Embora ele não goste muito do termo minimalismo, o género que criou com Steve Reich é, para mim, isso mesmo: o bater do coração sempre que o bater interno do compasso se repete. Serve este pequeno parágrafo para dizer que, por vezes, começo o dia a ouvir Glass para respirar mais pausadamente. E, num destes dias, foi isso mesmo que aconteceu.

Tendo uma crónica para escrever e pensar num tema para ela, foi mesmo Glass quem mo deu. Isto porque a sua autobiografia, editada há poucos anos em inglês e, sonho eu, um dia a ser publicada em português, tem como título Words Without Music. A pergunta que preside a este texto é: como traduzir o intraduzível?

Nos títulos isso acontece amiúde. E, por vezes, desiste-se e tenta-se o que mais aproxime o leitor português do que pensou quem escreveu o livro. Ou o poema. Há uns anos passei umas tardes de umas férias a traduzir o «Funeral Blues» de Auden. E fi-lo porque a primeira coisa que percebi é que, em português, funcionaria bem como «Canção Fúnebre». Não tem «song» no título, mas digam lá se não faz sentido?… (Leio-o agora e percebo que ficaria melhor ainda como «Canção Triste»… Quando reeditar, será assim. E é já a seguir.)

Noutra altura, tratei da edição da autobiografia de Patrick Swayze, escrita com a sua esposa Lisa Niemi e publicada pouco antes da sua morte. Tem o excelente título, na sua versão original, de Time of My Life, piscando o olho ao filme Dirty Dancing. Que, espantemo-nos, se chamou em Portugal Dança Comigo. Quando enviei, por obrigação contratual, a capa para a agente, recebi um email furioso dando conta de que o título que escolhera nada tinha a ver com o original. Expliquei então à senhora que O Tempo da Minha Vida não iria vender um exemplar e que, como esse título citava a música do filme que celebrizou Swayze, o título que lia era o mais adequado. Qual? Dança Comigo, claro. Ainda para mais tendo sido os dois dançarinos e o livro escrito a meias pelo casal.

Glass não merece que um editor português seja literal se por cá se conseguir publicar a obra. «Palavras sem Música» perde todo o duplo significado e acaba até por ser ofensivo, julgo. Mas, tenho de confessar, ainda não tenho solução para isso. Talvez substituindo o «sem», sendo algo como «Palavras em vez de Música». Mas aceitam-se sugestões para o título de um livro que ainda não está previsto publicar cá.

Para já, deixo-vos com a minha versão do Auden. Acho que está muito diferente do original. Mas segui uma só premissa: se o Auden escrevesse em português, que poema era este? Cada um é o Graça Moura que consegue ser…

Como ainda é dia de Reis — ou quase — desejo a todos um bom ano. O segredo para saber quando terminar de desejar é o silêncio: só se responde com bom ano se do outro lado vier o cumprimento. Ajuda a minimizar situações embaraçosas. Não resolvi a questão do título mas já dei a minha dica da semana.

Canção Triste
[Auden]

Parem os relógios, desliguem o telefone, amordacem
o cão com um osso enorme. Calem os pianos e, com
um pequeno tambor, tragam o caixão, aproxime-se a dor.
Que os aviões se lamentem em círculos pelo céu, rabiscando

nas nuvens: Ele Morreu. Enlutem a nação no pescoço branco
das pombas, deixem os polícias usar as mais negras luvas.
Ele era o meu Norte, meu Sul, meu Este e Oeste; a minha féria
e o meu domingo de descanso. O meu dia, a minha noite,

a minha fala e canção; pensei que o amor durava para sempre
— não. As estrelas não são queridas, já: desliguem-nas.
Arquivem a lua e retirem o sol. Despejem o mar e varram
a terra, porque nada, agora, poderá vir a ser um dia melhor.

Publicações Relacionadas
  • «O lixo» na Edição Nacional, por Jorge Reis‑Sá
    «O lixo» na Edição Nacional, por Jorge Reis‑Sá

    13 Outubro 2022

  • Edição Nacional | Terapia | Jorge Reis-Sá
    Edição Nacional | Terapia | Jorge Reis-Sá

    17 Abril 2020

  • EDIÇÃO NACIONAL — Colaborar
    EDIÇÃO NACIONAL — Colaborar

    08 Julho 2016

  • A Pediatra | Edição Nacional
    A Pediatra | Edição Nacional

    21 Dezembro 2022

  • Erros Meus. Poesia Incompleta, de Nuno Artur Silva, foi apresentado ontem
    Erros Meus. Poesia Incompleta, de Nuno Artur Silva, foi apresentado ontem

    27 Maio 2025

Edição Nacional Jorge Reis-Sá Black tag icon
Publicações Relacionadas
  • «O lixo» na Edição Nacional, por Jorge Reis‑Sá

    Há 2 dias

  • Edição Nacional | Terapia | Jorge Reis-Sá

    Há 2 dias

  • EDIÇÃO NACIONAL — Colaborar

    Há 2 dias

  • A Pediatra | Edição Nacional

    Há 2 dias

  • Erros Meus. Poesia Incompleta, de Nuno Artur Silva, foi apresentado ontem

    Há 2 dias

Go Top Icon
Footer Logo Footer Logo
  • Facebook Logo
  • Instagram Logo
Loja Online INCM
Editora
Edições
Cultura
  • Notícias
  • Autores
  • Entrevistas
  • Opinião
  • Exposições
Digital
  • Livros em PDF
  • Audiolivros
  • Podcasts
  • Vídeos
  • Citações
  • Passatempos
Prémios
  • Prémios Literários
  • Prémio Jornalismo
  • Prémio de Arte
Infantojuvenil
História
Biblioteca
Livrarias
Transportes

Autocarros: 58

Metro: Rato

Coordenadas GPS

N 38º 43' 4.45" W 9º 9' 6.62"

Contacto

Imprensa Nacional, Rua da Escola Politécnica, Nº135, 1250-100 Lisboa

213945772editorial.apoiocliente@incm.pt
© 2025 Imprensa Nacional
Imprensa Nacional é a marca editorial da
Privacidade Termos e Condições Declaração de acessibilidade