Detalhes de documento

  • Arquivo
    INCM/Arquivo Histórico da Imprensa Nacional
  • Cota
    402
  • Tipo de documento
    Ofício
  • De:
    Administrador Geral
  • Para:
    Ministro da Fazenda
Transcrição

“(…) Dignou-se V. Ex.ª manifestar-me as mais benignas disposições de me ajudar no desempenho das obrigações que contraí autorizado pelo Govenro de S. Majestade para completar e melhorar este Estabelecimento, sendo a principal destas o pagamento do empréstimo que para esse fim me fez o Banco de Lisboa. V. Ex.ª mesmo teve a bondade de indicar-me o modo porque era possível auxiliar-me nesses embaraços, dizendo-me que lho propusesse por escrito. A primeira letra do Banco, vence-se no dia 7 do corrente, e eu creio que ele anuirá a que eu lhe pague da seguinte maneira: Dando-lhe no dia 6 1:000.000 réis em dinheiro, e três letras o Governo, na importancia d’um conto de réis cada uma, a pagar a 1ª no dia 20 do corrente, a 2ª em 5 de Abril, e a 3ª no fim do mesmo mês. Os impressos que o Tesouro manda fazer a essa Repartição importam por termo médio e aproximadamente em 12 a 14 contos de réis, e a maior força desta despesa é agora quase faz o grande numero de impressos para a cobrança dos impostos, julgo portanto que sem grande sacrificio para o mesmo Tesouro e grande favor para esta Repartição pode ela amortizar o adiantamento que se lhe faz recebendo só metade com um terço se for possível das contas mensais da despesa que fizer com as impressões do Tesouro a contar do primeiro do corrente sem prejuizo de pagamento das requisições dos Ministérios, pois que d’outro modo me seria impossível fazer o custeamento dos muitos trabalhos de que ela se acha encarregada. Seria para lamentar que depois dos sacrificios já feitos para tornar a Imprensa Nacional digna da época em que vivemos, se não fizesse um esforço mais para a eles tirar as vantagens que o ilustrado governo de Sua Magestade teve em vista quando me autorizou para os fazer, e V. Ex.ª, esclarecido protector e amigo das nossas Artes, não deixará decerto de lhes acudir por todos os meios que estiverem ao seu alcance. Rogo pois a V. Ex.ª, que conforme o que acabo de expôr, e a que V. Ex.ª me parece ter dado o seu assentimento, haja por bem mandar que pelo modo que deixo indicado se realize o auxilio que solicitei, e que V. Ex.ª se dignou prometer-me, ordenando igualmente que me mande entregar a importância da conta do Tesouro do mês passado, que não pode entrar ainda na dedução proposta, pois que sem o socorro dela, me seria impossível provêr as [sic] despesas urgentes a que estou obrigado, e de que depende o montar e por em regular andamento a melhor e mais produtiva das Machinasm e a Machina de fazer a tinta. (…) Lisboa etc. 2 de Março de 1844. = Ill.mo e Ex.mo Snr. Barão do Tojal. = O Administrador Geral – J. F. Pereira Marecos.” (pp. 41-43).