Chegou ao Rossio em 1930, oriunda de iniciativas privadas. Chamava-se a «Semana do Livro». No ano seguinte, em 1931, passou a ser organizada pela Associação de Classe de Livreiros de Portugal (ACLP), embrião da atual Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
Teve como grande impulsionador Ventura Ledesma Abrantes, editor, livreiro e presidente da ACLP. A ideia, importada de Madrid, era de que quem por ali passasse encontrasse a preços acessíveis os bestsellers que os livreiros portugueses tinham para mostrar e vender.
Se a ideia começou logo por receber aplausos, não se livrou das críticas. Na década de 1930 em cada 100 portugueses 70 não sabiam ler. O Diário de Lisboa não foi de modas ao classificar o evento: chamou-lhe ironicamente de «a cerca dos letrados».
Ao longo dos anos os portugueses foram sendo alfabetizados, as editoras juntaram-se aos livreiros, a Feira foi passando por lugares emblemáticos da cidade (nos anos 1980 fixa-se no Parque Eduardo VII), foi alargando as suas atividades e passou a ser local de tertúlias, debates, apresentações de livros, passeios de família… e os 17 expositores de 1931 passaram a 294 em 2018 — ano em que se batem todos os recordes.
A Imprensa Nacional marcou presença na Feira do Livro de Lisboa, pela primeira vez, a 23 de maio de 1972, menos de dois meses antes da criação (por fusão) da Imprensa Nacional-Casa da Moeda e está associada à criação da primeira livraria do Estado, também neste ano:
Com a presença do Chefe do Estado, foi inaugurada, no dia 23 de maio, na Avenida da Liberdade, a 42.ª Feira do Livro, a qual funcionará durante 20 dias. Este certame, de grande projeção no fomento comercial do livro (os descontos atingem 10 e 20 por cento, respetivamente para as edições a sair durante a feira e para as restantes), reúne 78 pavilhões, incluindo os da Câmara Municipal de Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar, Fundação Gulbenkian e Imprensa Nacional (Livraria do Estado), esta última presente na Feira pela primeira vez.
in Prelo: revista nacional de artes gráficas,
Imprensa Nacional, Lisboa,
n.º 2, maio-junho de 1972, p. 22.
Desde aí, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda mantém uma presença regular no evento. Este ano poderá visitar-nos no pavilhão B44-B46. E tem excelentes razões para o fazer. Até porque estamos em festa: a editora pública celebra os seus 250 anos! Não vai querer perder, por exemplo, o magnífico catálogo da exposição «Imprimere: Arte e Processo nos 250 Anos da Imprensa Nacional», que ilustra e traça a história da produção gráfica em Portugal, desde a Impressão Régia aos nossos dias, da qual a Imprensa Nacional é a protagonista. Nem as nossas novidades! Apareça e venha celebrar o livro connosco!
Imprimere: Arte e Processo nos 250 Anos da Imprensa Nacional
Rúben Dias e Sofia Meira
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Ph. Paulo Nozolino
Sérgio Mah, Rui Nunes, Paulo Nozolino
Série Ph.
Arte e Técnicas
Maio de 2018
136 pp.
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Novo Atlas da Língua Portuguesa
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Estudos Linguísticos
Fevereiro de 2018
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O Essencial sobre Mário de Sá-Carneiro
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