As candidaturas à 2.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França abrem já na próxima segunda feira, a 17 de junho e prolongam-se até 16 de agosto de 2019.
Há semelhança da 1.ª edição, podem concorrer a esta edição textos que reúnam cumulativamente as seguintes situações:
a) Textos originais e inéditos, do domínio da prosa literária, em língua portuguesa;
b) Textos cujos autores sejam cidadãos cabo-verdianos ou residentes em Cabo Verde há mais de 5 anos;
c) Textos que não tenham sido apresentados a nenhum outro concurso com decisão pendente e que respeitem o regulamento que pode ser consultado em www.incm.pt e em www.incv.cv.
O Prémio Literário Arnaldo França contemplará a edição da obra premiada, assim como uma componente pecuniária de 5000 € a título de prémio.
Vera Duarte, jurista e escritora, preside ao Júri, do qual fazem parte também Daniel Medina, formador, jornalista, professor universitário e Presidente da Associação de Escritores de Cabo Verde e Paula Mendes Editora-chefe da INCM.
Recorde-se que, na edição anterior, o júri, já repetente, elegeu Beato Sabino, de Olavo Delgado Correia como obra vencedora e O Sonho de Ícaro, de Onestaldo Ferreira Fontes Gonçalves, como a Menção honrosa.
Recorde-se ainda que este galardão é instituído e promovido em parceria pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) e pela Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV). Tem como propósito a promoção da língua portuguesa e do talento literário em Cabo Verde, pretendendo-se com este Prémio incentivar a criação literária cabo-verdiana bem como proceder à divulgação de trabalhos inéditos de grande qualidade.
Quando a Arnaldo França, que dá nome ao galardão, foi alfandegário de carreira e um reconhecido poeta, escritor, académico, crítico, ensaísta e investigador. Licenciou-se em, Lisboa, em Ciências Sociais e Políticas, pela Universidade Técnica. Admirava o crioulo cabo-verdiano e o português. Traduziu Pessoa, Camões e Sophia de Mello Breyner Andresen, entre outros. Lutou para resgatar do limbo do esquecimento muitas obras de muitos escritores. Destacam-se as antologias Escravo, de Evaristo de Almeida, ou os escritos de Guilherme Dantas. Escreveu também vários ensaios, dedicados às obras de António Aurélio Gonçalves, Jorge Barbosa, Januário Leite, Luís Loff de Vasconcelos, Arménio Vieira, Teixeira de Sousa e Germano Almeida. Foi também ministro das Finanças de Cabo Verde nos anos de 1980. Nasceu na Cidade da Praia, em Cabo Verde, a 15 de dezembro de 1925, onde morreu 89 anos depois, a 21 de agosto de 2015.
Arnaldo França foi ainda autor de Notas sobre Poesia e Ficção Cabo-Verdianas (1962), sendo considerado como um dos nomes maiores da cultura cabo-verdiana do século XX. A presidente do júri Prémio Literário Arnaldo França, Vera Duarte, descreveu-o como «o maior estudioso da literatura do arquipélago».
Com a INCM Arnaldo França colaborou, juntamente com Elsa Rodrigues dos Santos na Obra Poética, de Jorge Barbosa (2002).
Se tem os seus escritos na gaveta e acredita neles, não hesite: concorra! Os resultados serão conhecidos até 15 de outubro.