Não basta que as coisas que se dizem sejam grandes, se quem as diz não é grande. Por isso os ditos que alegamos se chamam autoridades, porque o autor é o que lhes dá o crédito e lhes concilia o respeito.
Padre António Vieira
in Sermões do Rosário — Maria Rosa Mística
Homenagear os autores nacionais é o objetivo do Dia do Autor Português, que se assinala hoje. E é a missão permanente da Imprensa Nacional.
Fazemo-lo de muitas formas:
Acolhemos poetas portugueses na nossa «Coleção Plural».
Divulgamos os pensamentos críticos dos mais destacados portugueses na nossa «Coleção Olhares».
Preservamos e divulgamos os grandes clássicos da nossa literatura na coleção «Biblioteca Fundamental da Literatura Portuguesa».
Povoamos uma já vasta Biblioteca só com autores portugueses que nos trazem poesia, ficção, crónicas, memórias, diários, epistolografia… na nossa coleção «Biblioteca de Autores Portugueses», a «BAP».
Restauramos minuciosamente as «oficinas de trabalho» dos autores maiores da literatura portuguesa, guiados pelo olhar crítico e atento dos nossos maiores especialistas que reconstroem estas verdadeiras «catedrais» nas coleções de «Edições Críticas» de Camilo Castelo Branco, Almeida Garrett, Fernando Pessoa e Eça de Queirós.
Desmultiplicamos (ou multiplicamos ainda mais) Fernando Pessoa na nossa coleção «Pessoana».
Abrimos as portas aos designers portugueses na nossa «Coleção D».
Focamos as objetivas aos fotógrafos nacionais na «Série Ph».
Publicamos as Obras Completas de autores que fizeram história, como M. Teixeira Gomes, Jaime Cortesão, Vitorino Nemésio, Almada Negreiros, Thomaz Figueiredo, Branquinho da Fonseca, Adolfo Casais Monteiro, José Régio e Bocage, entre outros.
Entramos na biblioteca do Professor José-Augusto França e damos a conhecer os livros preferidos deste mestre na coleção «Biblioteca José-Augusto França»; também vasculhamos os escritos do professor, escritor, jornalista e ensaísta português Eduardo Prado Coelho e publicamo-los na «Biblioteca Eduardo Prado Coelho».
Acendemos as luzes do palco aos dramaturgos nacionais na nossa coleção «Teatro».
Damos a conhecer aos mais novos grandes autores icónicos das letras portuguesas (os portuguesíssimos José Saramago, Almada Negreiros, Fernando Pessoa, Marquesa de Alorna, Ana de Castro Osório) na nossa coleção «Grandes Vidas Portuguesas».
Publicamos o que é indispensável saber acerca de obras e autores fundamentais para a matriz cultural do Ocidente, onde se destacam claramente os autores e os temas portugueses na nossa coleção «O Essencial sobre».
Ouvimos a Voz dos nossos Poetas (numa iniciativa com os Artistas Unidos) na Biblioteca da Imprensa Nacional, onde também aplaudimos compositores e músicos nacionais nos finais de tarde (numa parceria com a AMEC — Metropolitana).
Tornamos acessíveis, ao grande público em geral e aos estudiosos em particular, um conjunto vasto de partituras de Árias de Ópera e de Opereta de compositores portugueses de relevo como José Vianna da Mota e João Domingos Bomtempo, na coleção «Partituras do Património Lírico Português».
Zelamos e cuidamos criteriosamente de um acervo de mais de 20 mil obras de nomes relevantes da identidade nacional, entre elas os incunábulos e as primeiras edições da Imprensa Régia. Todas guardadas na Biblioteca da Imprensa Nacional.
Mantemos um clube de leitores aberto, gratuito, com sessões mensais, onde se debatem obras e autores portugueses clássicos, sob orientação de um autor contemporâneo: Gonçalo M. Tavares.
Premiamos poetas, ensaístas e tradutores portugueses com a criação do Prémio Vasco Graça Moura.
Fazemos isto e muito, muito mais!
Neste dia do Autor Português, a Imprensa Nacional deixa um grande agradecimento a todos os seus autores — de hoje e de sempre — sem os quais não seriamos o que somos: uma editora de referência, no mercado há 250 anos!
Curiosidade:
O Dia do Autor Português é assinalado a 22 de maio desde 1982. Esta data foi instituída pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), numa iniciativa do maestro Nóbrega e Sousa. Este dia coincide com o aniversário da SPA, parceira corporativa da INCM, que tem por missão gerir os direitos de autor bem como representar todos os autores portugueses (também os seus sucessores e cessionários) das áreas literárias e artísticas que nela estejam inscritos.
Atualmente a SPA conta com cerca de 25 mil inscritos.